Mercado de casas para temporada cresce na pandemia

A busca por uma casa alternativa, longe dos grandes centros urbanos, ganhou amplitude com o fenômeno do home office, que elevou o número de pessoas que trabalham em casa de 3,8 milhões, antes da pandemia, para os atuais 8 milhões.

Dados do Grupo Zap, responsável por marcas imobiliárias como Zap e Viva Real, em São Paulo, indicam o aumento de 340% na busca por imóveis no interior do estado, desde que a pandemia se instalou no país.

Novas formas de gestão do imóvel de temporada também têm facilitado, cada vez mais, o crescimento desse mercado. No campo ou na praia, a administração terceirizada surge como uma opção interessante para quem pretende, além de usufruir da casa na praia, ter um retorno financeiro com o imóvel.

Lazer e investimento

Os condomínios que oferecem serviços característicos dos resorts, por exemplo, se apresentam como forte tendência do mercado imobiliário para a alta renda. “É um bom momento para pensar em casas de temporada não apenas como lazer, mas como investimento”, afirma José Romeu Ferraz Neto, presidente da Develop Brasil, que acaba de lançar dois empreendimentos nesse formato, no Sul da Bahia.

São eles: Vilas do Altos de Trancoso, em Trancoso, e Txai Vilas do Sul, em Itacaré. Com um pé na areia, outro no Quadrado, a localização é um dos grandes diferenciais do Vilas do Altos de Trancoso, a poucos metros da praia e a 350 metros do epicentro do vilarejo.

Ao lado da ladeira que dá acesso ao Quadrado, em uma área de cerca de 64 mil metros quadrados, serão construídas apenas 19 casas, com plantas de 233 e 262 m2, assinadas pelo premiado arquiteto Gui Mattos.

A Develop administra todo o processo, do projeto de arquitetura e decoração, construção, manutenção, a locação, nos períodos disponibilizados pelos proprietários. “Além de receber a casa pronta, um dos atrativos é saber que ela está sendo mantida e gerando renda”, diz José Romeu.

Conforme levantamentos da Develop sobre locações em Trancoso, as diárias de uma casa pé na areia, no período de festas e alta temporada ficam entre 18 mil e 20 mil reais. Uma locação de dez dias, portanto, permite abater despesas de condomínio, custos de manutenção e ainda ter resultado financeiro.

O Txai Vilas do Sul segue o mesmo modelo de negócio, com 10 bangalôs de144 m2 e 39 lotes de 1300 a 13 mil m² para residências. As locações serão gerenciadas pela central de reservas do hotel, poupando todo o trabalho do proprietário em organizar check-in e check-out.

O projeto dos bangalôs possui duas suítes e pode ter dois tipos de plantas. Todos serão entregues prontos, equipados e decorados de acordo com o padrão do Txai Resorts. Já nos lotes, o proprietário pode escolher um projeto pré-concebido e receber sua casa pronta ou escolher seu próprio arquiteto, decorador. Nos dois casos, o morador de temporada tem direito a desfrutar de toda a infraestrutura do Txai, como se fosse hóspede.

O sonho da casa de praia, com todas essas comodidades, torna-se cada vez mais possível. O presidente da Develop, contudo, ressalta que é preciso levar em conta a localização do imóvel, buscando destinos que tenham boa procura para temporada ou realização de eventos. “No Txai, por exemplo, existe uma grande demanda para casamentos e celebrações, que as casas poderão absorver”, diz José Romeu.