Pandemia faz empresa de segurança remodelar sua gestão

A pandemia do novo coronavírus fez com diversos setores tivessem de se alterar para permanecer ativos no mercado. No de segurança, não foi diferente.

O GRUPO GR, especialista do segmento, atuante desde 1992, estabeleceu diversas alterações em seu formato de atendimento desde janeiro, quando um comitê de crise já implantado foi acionado e desenvolveu ações de prevenção. “Promovemos o afastamento dos funcionários em grupo de risco e colocamos funcionários administrativos em esquema de home office”, conta Andre Hirschheimer.

Entre as demais medidas emergenciais, a empresa passou a fornecer máscaras, óculos de proteção ou viseira, álcool em gel e, em muitos casos, alterou o horário de entrada e saída dos colaboradores para evitar aglomeração no transporte público. “Também antecipamos o pagamento dos salários para o dia 1º de cada mês para que todos pudessem pagar contas, ir ao mercado, antes do 5o dia útil e assim evitar também as aglomerações”.

“Na operação tivemos também de nos reinventar totalmente. Os colaboradores responsáveis pela segurança em empresas e indústrias, e agora com a retomada, de comércios e shoppings centers, conversam com os líderes por meio de reuniões virtuais por meio do Google Hangouts e do Google Meet e fazem treinamento usando as mesmas ferramentas. Em agosto, teremos uma plataforma de EAD pronta para entrar no ar”, completa.

De acordo com Hirschheimer, há mudanças que já estavam se desenhando e acabaram por serem implementadas em tempo recorde devido às circunstâncias: “no curto prazo a mudança que será mais notada será a quebra do modelo de departamentalização da empresa, que agora passou a funcionar usando o padrão de projetos”.

Ou seja, trata-se de dar mais consistência a ideias e decisões de cada projeto, segundo Andre Hirschheimer. Em vez de a empresa se estruturar por áreas (financeiro, RH, etc.), ela passa a reunir os times e esta sinergia encaminha as decisões para cada projeto, o que melhora a comunicação e os resultados.

Inclusive o novo espaço físico, a partir de agosto, será em estilo coworking e num ambiente open space e irá contribuir com este novo modelo, uma vez que não haverá mesas, salas e andares definidos, o que fará com que profissionais de diversas áreas se encontrem e troquem mais informações.

“Adotamos o home office para o pessoal da sede e das filiais, mas em breve o sistema passará a ser híbrido. Usamos a plataforma de colaboração do Google, o G Suite, implantado pela Qi Network, que disponibiliza diversas ferramentas para criar, editar e armazenar conteúdo em nuvem. Tudo o que criamos é colaborativo (planilhas, apresentações, textos) e não há necessidade do envio arquivos por e-mail ou whatsapp”, explica Andre Hirschheimer, que acredita que o digital é hoje a melhor forma de dar vazão à estratégia da empresa de promoção da integração das áreas.

A tecnologia ainda permitiu um melhor atendimento dos afastados por questões médicas. O projeto de “Telemedicina GR” avalia todos os atestados que chegam ao SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), identifica o CID (código identificador da doença) e separa aqueles que sinalizam problemas respiratórios ou sintomas de covid-19. É realizado um contato telefônico para dar um primeiro acolhimento e passar orientações de isolamento à pessoa e à família.

Após a conversa, um relatório é encaminhado à equipe de medicina do trabalho para que o atendimento de telemedicina possa ser iniciado por meio de agendamento. “Todo processo é acompanhado em tempo integral e monitorado pelos médicos e equipe do GR, garantindo que o colaborador tenha 100% de apoio e orientação”, detalha André.