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Esgoto, habitação e questões operacionais são os problemas do projeto do Novo Rio Pinheiros, analisa especialista da USP

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Para pesquisadora, projeto será utópico para as mais de 2 milhões de pessoas que não possuem coleta de esgoto

Mesmo com os contratos avançando em favor da revitalização do Rio Pinheiros, ainda há questões que merecem mais atenção do executivo sobre o projeto, como analisa a pesquisadora do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Estela Alves. Para a pesquisadora, entre as questões estão as residências que não terão esgoto captado e separado da água dos córregos, desde sua origem, a desvinculação de melhorias habitacionais no programa e a não urbanização de favelas em torno do rio.

Segundo o projeto Novo Rio Pinheiros , serão cerca de 3,3 milhões de pessoas beneficiadas que moram próximas do rio, em uma área de 271 km², que inclui bairros nas cidades de Embu das Artes, Taboão da Serra e São Paulo. Além disso, o projeto destaca que a iniciativa vai elevar os atuais 4.600 litros por segundo em tratamento de esgoto na região para 7.400 litros por segundo em 2022, o que facilitará o processo de distribuição e limpeza.

O projeto, segundo a especialista, pode ser uma esperança para a região metropolitana, que possui quase 290 mil pessoas sem acesso à água e mais de 2 milhões sem coleta de esgoto, como mostram os dados do Painel de Saneamento Brasil. Mas, na opinião da pesquisadora, ainda não está claro como os córregos que passam por favelas e ocupações só terão estações de tratamento em suas pontas, ao desaguar. “Por mais que seja positivo o tratamento dos córregos que saem dos bairros e deságuam, é incoerente afirmar que eles serão tratados na saída. Isso significa que as residências não terão esgoto captado e separado da água desde sua origem, já que primeiro irão poluir o córrego, depois irão trata-lo. Isso é bem problemático. O segundo ponto, que merece atenção, é que este projeto é desvinculado de melhorias habitacionais, urbanização de favelas ao redor do Rio Pinheiros e seus córregos contribuintes . Ou seja, o problema não será resolvido por inteiro, só remediado”, conta.

Alves também reconhece os aspectos que podem ser positivos com o projeto, entre eles as diversas tecnologias utilizadas nas várias situações que precisam ser resolvidas na cidade, como o desassoreamento do leito do rio, as mini estações de tratamento de 9 metros quadrados nos pequenos córregos que passam pela área de ocupação urbana e carregam o esgoto doméstico que, até então, não são coletados e nem tratados pela Sabesp. “O projeto, mesmo com ressalvas nas questões de habitação, traz oportunidade, também, para as grandes empresas que ficam ao redor, que serão beneficiadas com a valorização imobiliária pela qualidade ambiental e paisagística que os investimentos trarão”, conta.

Com os números crescentes de contaminados pela Covid-19 em todo mundo e, diariamente, colocando o Brasil no ranking dos países mais afetados pela quantidade de infectados e mortos, as questões sanitárias ganharam relevância e entraram em discussão pelo fato de serem, também, aliadas no combate à pandemia. “Caso as habitações em áreas precárias já tivessem sido urbanizadas, com seus esgotos coletados, haveria uma diminuição de pessoas expostas à outras doenças e diminuiria a vulnerabilidade de exposição e resistência ao novo coronavírus”, finaliza.


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