Risco político, o cenário global e o do Brasil
Especial XII Seminário Internacional de Gerência de Riscos e Seguros
No cenário atual, na visão do economista chefe do banco Bradesco, Fernando Honorato, os riscos políticos que podem trazer alguma ruptura são as ameaças da Coreia do Norte (ataque nuclear), a impopularidade do presidente norte-americano, Donald Trump, e a imigração na Europa que, para ele, “está longe de ser equacionada”. No Brasil, o cenário é mais ameno.
“A atual equipe econômica trabalha com um diagnóstico do que precisa mudar. A reforma trabalhista foi aprovada e há outras em curso que fazem com que a economia do país esteja em um momento mais favorável, mais equilibrada. E o Brasil tem um dos menores deficits em relação aos países emergentes”, expôs, durante a sua apresentação no dia 23 de agosto, no XII Seminário Internacional de Gerência de Riscos e Seguros, da Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR).
Para os próximos 18 meses, o economista previu que o quadro se manterá favorável, e o que temos acompanhado é uma queda da inflação e da taxa de juro (Selic). “Porém, se algum dos riscos (políticos) do mundo se materializar o ciclo pode mudar, dependendo do estágio que o Brasil estará com as reformas. E o que irá definir o país nos próximos cinco anos é a política econômica, as eleições no próximo ano”.
Responsável pela área de Seguro de Crédito e Riscos Políticos na XL Catlin, Walkiria Melo defendeu a importância da contratação do seguro de crédito, pela globalização, aumento de tensões políticas e de riscos de crédito em várias regiões, e também pela concorrência crescente. E, entre outras, citou: “as coberturas permitem o gerenciamento de riscos conhecidos e não conhecidos, a redução de concentração na carteira e gerenciar exposição em diferentes países com diferentes riscos”.
Stuart Barrowcliff, vice-presidente sênior da XL Catlin das Américas, acrescentou: “são coberturas para gerenciar riscos, investir e exportar. Mesmo que a empresa não trabalhe muito internacionalmente, existe o impacto da concorrência local”, ponderou, complementando que, em relação aos riscos políticos, a apólice cobre uma gama de atos governamentais ou condições políticas.
Revista Cobertura
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