Entre economistas consultados pela pesquisa Focus, o consenso é de que a taxa Selic fechará 2017 abaixo de 8%, mantendo-se nesse patamar também em 2018. No Top-5, grupo que mais acerta as projeções da pesquisa do Banco Central, a previsão é de que a taxa básica de juros encerre o ano em 7,25%- antes sua estimativa era de 7,50%- permanecendo neste patamar em 2018, repetindo o recorde de baixa do final de 2012.

O cenário benigno da inflação e atividade econômica fraca são também os motivos pelos quais os juros devem continuar na casa de um dígito. Na mediana das estimativas, a taxa de juros irá recuar 7,50%- na pesquisa anterior, a Selic esperada era de 8% - ficando sem alteração em 2018. Para o próximo ano, as expectativas eram antes de 7,75% fora do grupo do Top-5. Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC baixou a Selic em um ponto percentual, aos 9,25%, e sinalizou que deve manter o ritmo no curto prazo.

No caso da inflação esperada, houve um ligeiro ajuste nas projeções do mercado, algo que tem relação direta com a decisão do governo federal de elevar as alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis. Em consequência, a estimativa é de que feche em alta de apenas 3,45% em 2017, contra 3,40% projetados na semana anterior. Para 2018, a projeção de 4,20% não mudou. O resultado está abaixo do centro da meta oficial de inflação, de 4,5% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto para mais ou menos.

O crescimento econômico previsto permanece pífio: o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano deve alcançar 0,34%, depois de dois anos seguidos de recessão, e subir 2% em 2018.

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