Balões e irresponsabilidades
Recebemos, todos, a notícia que o Velódromo Olímpico, uma das obras do legado da Rio 2016 foi acometido por um incêndio significativo e que o Ministério dos Esportes, por meio da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), não contratou seguro para as instalações, o que parece ser uma grande irresponsabilidade, sobretudo porque, como registrado pela imprensa, apesar de ainda pouco utilizado, trata-se de um investimento de R$ 137 Milhões e tem que manter a refrigeração ligada o tempo todo, em função das características do piso de madeira especial que ali foi instalado.
Queda de balões é uma das principais fontes de grandes incêndios no Brasil, ainda mais no Rio de Janeiro, onde a completa falta de responsabilidade das pessoas e leis que não punem adequadamente os infratores permitem, ainda, que eles sejam construídos, comercializados e colocados em vôo, podendo vir a cair em qualquer lugar.
Um risco adicional é a colisão com aeronaves. Segundo o SNEA, há relatos de balões de até 60 metros de altura, carregando cangalhas com fogos e painéis cujo peso total ultrapassa 200 quilos. A colisão com uma ave de três quilos é suficiente para derrubar um avião. O impacto de um balão de 20 quilos com uma aeronave a 150 nós de velocidade (cerca de 277 km/h), usual nas aproximações para pouso, seria da ordem de quatro toneladas.
Voltando ao velódromo, vale ressaltar que o seguro incêndio é obrigatório e que não se justifica dizer que não havia especificações da Prefeitura para fazer o seguro. Ora, se é obrigatório é para todos.
É o meu e o seu dinheiro que vai pagar a conta da irresponsabilidade e da incompetência do Estado em gerir a coisa pública.
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