Quatro visões para o novo ambiente de desafios do CFO
Page Executive lista competências que o diretor de Finanças deve desenvolver para reter talentos, transmitir conhecimento, reduzir riscos e incorporar inovações tecnológicas
A gestão financeira está em transformação por conta dos avanços tecnológicos e dos investimentos específicos para a recuperação de setores: “As empresas estão observando que a inovação altera funções importantes na rotina do CFO. Hoje, os diretores financeiros precisam formular análises ainda mais estratégicas, e gerir trabalhos cada vez mais complexos”, comenta Leandro Muniz, diretor da Page Executive, a unidade de negócio dedicada ao recrutamento para o alto escalão do PageGroup.
Inspirado no artigo Barômetro de Lideranças Financeira, realizada pelo PageGroup no Reino Unido, a Page Executive projetou quatro lições para os líderes em finanças, com foco em competências que as empresas necessitam que um CFO seja capaz de implantar e desenvolver.
1 – Primeiro passo: criar conexões com a TI (compartilhar responsabilidades)
O CFO é um dos líderes responsáveis por implementar ações que melhoram a mentalidade (mindset) da empresa: “O diretor financeiro herdou a pressão adicional de manter e melhorar os níveis de confiança de diferentes públicos. E isto inclui criar conexões de aprendizado mútuo e ações complementares, em especial, com o departamento de Tecnologia da Informação. Assegurar que os processos sejam estabelecidos da forma mais eficiente possível é um dos desafios da era digital. E um dos melhores exemplos é a irreversível tendência de automação para algumas atividades: auditorias internas, atividades de arquivamento, contabilidade e processos manuais demorados. O líder de finanças precisará de sensibilidade para minimizar a resistência dos times às mudanças, que em muitos casos, surgem por insegurança frente ao impulso de inovação. O CFO deverá contribuir para que os colaboradores respeitem, e sobretudo, compreendam o impacto de suas atividades para o bom funcionamento da área financeira, que sempre estará sob um olhar mais rigoroso do alto escalão”, afirma Leandro Muniz.
2 – Preocupar-se com a retenção de talentos (valorizar o patrimônio humano)
Historicamente, a área financeira quase sempre era forçada a deixar o capital humano para o segundo plano, em nome de outros valores. Em contrapartida, os líderes de RH sempre encararam o investimento em pessoas como primordial. Na era digital, as empresas não podem conviver com esse distanciamento estratégico: “Os setores terão que desenvolver programas em conjunto, e mais do isso, deverão se alinhar verdadeiramente, com o intuito de promover e manter os níveis de engajamento dos colaboradores. Financeiro e Recursos Humanos terão que comunicar claramente a visão da empresa sobre as prioridades do departamento, e até mesmo pontos estratégicos do negócio. O diretor financeiro terá que mapear um ‘ecossistema’ dentro da empresa. E esta nova estrutura deverá ser formada por colaboradores com as habilidades certas, que compreendam os níveis mais altos de automação/inovação necessários para o sucesso dos negócios. O CFO precisa estar atento às melhores práticas de retenção de talentos – e será nesse momento que a parceria com o RH terá que florescer, senão, a performance do sistema financeiro será fragilizada”, comenta o diretor da Page Executive.
3 – Entender o que é reestruturação financeira (é preciso tocar no vespeiro)
A indesejada combinação entre crise econômica e política acarretou novas urgências para a condução da área financeira, forçando os CFOs a desenvolverem a capacidade de restauração: “O diretor financeiro já não pode ‘apenas´ dedicar-se ao crescimento da companhia em termos de receita e lucro. A capacidade de reestruturação está entre as prioridades das grandes empresas, do contrário não será possível trabalhar o alongamento de dívidas, rever os ganhos de eficiência operacional, buscar novas receitas e fazer o planejamento tributário. O CFO de viés reestruturador precisa ter gosto pela abordagem de negócios, visão holística e estratégica, e ter a capacidade de sinalizar para empresa novas perspectivas de crescimento”, comenta Leandro Muniz.
4 – Aprender a ensinar (a versão coach do CFO)
Os CFOs terão que conviver com os fatores críticos da alta tecnologia, a inovação representará o fim de alguns empregos que afetarão diretamente a gestão financeira das empresas. “As pessoas precisarão implementar, manter e gerenciar esses novos processos automatizados. E para que isso ocorra, em primeiro lugar, de maneira segura, os CFOs terão que envolver-se continuamente com os colaboradores, e oferecer o desenvolvimento de habilidades e competências adicionais à força de trabalho. É um novo viés de orientador, de mentor mesmo. Entraremos em um movimento inédito em que as lideranças financeiras deverão aprender a ensinar - numa abordagem semelhante ao coaching - método já consagrado no mundo coporativo. Ao promover mudanças, os CFOs têm a responsabilidade de influenciar o mindset de seus colaboradores. Estamos aprendendo que a alta tecnologia também requer um alto nível de interação humana, sem o qual, é difícil fomentar transparência e respeito às boas práticas”, finaliza o diretor da Page Executive.
Carreira de CFO: destaque nos cargos em alta de 2017
O PageGroup, referência mundial em recrutamento especializado de executivos de todos os níveis hierárquicos, apontou, no começo deste ano, os cargos mais buscados pelas grandes empresas. E os diretores de Finanças permanecem em destaque desde então.
Confira as características essenciais da posição.
Perfil: Liderança, confiabilidade e diligência com as transações operacionais da empresa, com o devido suporte para o crescimento da companhia em receita e lucro.
Motivo para alta em 2017: nos últimos dois anos, o viés foi de reestruturação e alongamento de dívidas, ganhos de eficiência operacional, buscar receitas não operacionais com redução de custos e planejamento tributário. Agora o CFO tem approach de negócios, visão holística e estratégica, atuando como parceiro de negócios e dando suporte ao novo ciclo de crescimento que se inicia.
Salário: R$ 40 mil a R$ 70 mil
Sobre a Page Executive
A Page Executive é a unidade de negócio dedicada ao recrutamento para o alto escalão do PageGroup, que ainda conta com a Michael Page para recrutamento de posições para alta e média gerencia e a Page Personnel, dedicada aos profissionais de suporte a gestão.
Fundado na Inglaterra em 1976, o grupo é um dos maiores players mundiais em recrutamento especializado. É líder e pioneiro na América Latina. Possui mais de 5.400 colaboradores em 36 países. www.pageexecutive.com
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