Dólar mantém viés de alta nesta segunda-feira
Turbulência política pressiona cotação da moeda americana no País
O tom de cautela tem relação direta com a reunião desta tarde do PSDB, que deverá decidir se os tucanos continuam ou não na base governista, mesmo após a absolvição de Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira. Apesar de os tucanos terem ratificado o compromisso de aprovar as reformas estruturantes, mesmo fora do governo, investidores ainda temem atrasos na tramitação das matérias, sobretudo a aprovação da reforma da Previdência, essenciais para colocar as contas públicas em ordem.
Na conta do mercado, há expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, faça logo sua denúncia contra Temer no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o presidente já é investigado por crime, entre outros, de corrupção passiva. Por fim, o mercado teme desdobramentos da denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pode ter sido acionada por Temer para vasculhar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.
Neste fim de semana, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fez duras críticas à possibilidade de espionagem contra Fachin e classificou a denúncia como "gravíssimo crime".
Nesse cenário, o Banco Central promoveu nesta segunda-feira mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares- para rolagem dos contratos que vencem julho.
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