Ata do Copom acena com corte moderado de juros
Mensagem do BC reconhece que incertezas políticas podem afetar trajetória da inflação.
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira, ratificou que a incerteza política mina o cenário econômico, reconhecendo que os riscos de atraso nas reformas estruturantes podem afetar a trajetória da inflação. Isso justifica o corte abaixo do esperado da taxa Selic na semana passada e a recomendação de redução moderada do ritmo do afrouxamento monetário na próxima reunião, em julho, tendo em vista a crise política. "O aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas", destacou o BC no documento.
Na semana passada, houve redução de um ponto percentual na taxa básica de juros, a 10,25% ao ano. No mercado, analistas que leram a ata entenderam que o Copom, ao sinalizar que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária deve se mostrar adequada em sua próxima reunião, revela também que este ritmo continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação. Na ata, o BC reforçou o discurso de cautela ao citar em diversos trechos as incertezas que rondam o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira.
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