Mercado de seguros projeta forte crescimento em 2026; CNseg alerta para desconhecimento dos não segurados
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) realizou, nesta quinta-feira (11), uma coletiva de imprensa para apresentar suas projeções para 2026 e divulgar os resultados de uma pesquisa que evidencia um desafio histórico do setor: a maioria dos brasileiros que não possui seguro desconhece completamente como esses produtos funcionam. O encontro reuniu jornalistas para discutir perspectivas de mercado, regulação, comportamento do consumidor e avanços em iniciativas climáticas e de sustentabilidade.
Setor de seguros prevê expansão em 2026 e CNseg alerta para desconhecimento entre não segurados
CNseg apresentou resultados de pesquisa que aponta comportamento do consumidor, projeções para 2026 e resultados da COP 30
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) apresentou, nesta quinta-feira (11), suas projeções para 2026 e os resultados de uma pesquisa que revela um desafio histórico do setor: a maioria dos brasileiros que não possui seguro desconhece completamente como funcionam os produtos. A coletiva reuniu jornalistas para discutir perspectivas de mercado, regulação, comportamento do consumidor e evolução de iniciativas climáticas e de sustentabilidade.
Durante a apresentação, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, reforçou que a distância entre o mercado segurador e o público não segurado ainda é grande e precisa ser enfrentada para que o setor avance.
“Nós fizemos grupos de controle, pesquisas por telefone, e a gente descobriu que existem dois mundos na sociedade quando se trata de seguros. As pessoas que têm seguros, que recomenda o seguro […], e tem um outro mundo paralelo que existem as pessoas que não contratam seguros e não entendem de seguros.”, explicou.
O levantamento feito pela confederação mostra que a falta de entendimento sobre termos básicos continua sendo um obstáculo relevante. “85% dessas pessoas não compreende que a palavra “prêmio” é o que você paga, que o seguro não compreende o que significa a palavra sinistra, não compreende o que significa a palavra franquia.”
Além do desconhecimento, a pesquisa revelou que quem nunca teve seguro tampouco recebe propostas ou estímulos para contratar. Segundo Oliveira, esse é um ponto crítico para o crescimento do setor: “Essas pessoas também recordam que elas não são procuradas. Elas não tinham recebido ofertas de seguro.”
Para contextualizar o quadro, Oliveira relembrou que a penetração do seguro no PIB brasileiro é de 4%, enquanto em países mais maduros, como os Estados Unidos, esse índice chega a 12%. Ele afirmou que o Brasil tem potencial para ampliar significativamente esse percentual ao longo da próxima década, especialmente se reduzir a distância entre segurados e não segurados.
Gênero e comportamento do consumidor
Entre os recortes analisados, as diferenças entre homens e mulheres chamaram atenção. Embora as mulheres afirmem compreender menos sobre seguros, elas demonstraram desempenho superior em testes de conhecimento aplicado.
“Uma coisa curiosa que aparece é questão de gênero, a mulher declara entender de seguros menos que o homem, mas quando fizemos perguntas objetivas, ela soube responder mais corretamente”, disse Oliveira.
Ele destacou ainda que esse público costuma realizar mais pesquisas antes de contratar e apresenta maior fidelidade ao produto: “Por outro lado, a mulher é um cliente de seguros mais fiel, ela procura mais informações, mas quando ela contrata, ela sempre passa a ser um cliente.”
A conclusão mais marcante da pesquisa, no entanto, está na repetição de um padrão que já se observa há anos no mercado. “O sujeito que tem mais proteção de contratar seguro são as pessoas que são as que já têm seguros.” Para Oliveira, isso reforça que o setor continuará crescendo, mas ainda limitado ao público historicamente atendido.
“A pessoa que tem seguro indica […], a pessoa que não tem seguro não tem nenhuma indicação. Então, assim, essas dinâmicas que a gente procura investigar trouxeram grandes insights aqui para a nossa profissão.”
Projeções econômicas: crescimento de 8% e cautela com a previdência
A CNseg projeta que o setor segurador cresça cerca de 8% em 2026 ao considerar apenas os ramos tradicionais, excluindo previdência. A entidade optou por não apresentar projeções para o segmento devido às mudanças regulatórias relacionadas ao IOF.
“Optamos por não fazer projeções de previdência para 2026, então chegamos a uma projeção de aumento de 8% em relação a 2025 para o setor, sem contar previdência”, afirmou Oliveira.
O presidente destacou ainda que, em 2025, o setor deve encerrar o ano com crescimento próximo a 10%, impulsionado principalmente pelos ramos de automóveis, riscos financeiros e vida.
Entre os ramos com expectativa mais positiva para 2026 estão o rural, beneficiado por mudanças no modelo de subvenção; o transporte, que terá vínculo automático de apólice com o registro fiscal da NTT; e os riscos financeiros, que seguem com demanda acima da média. No caso das garantias, o estoque de processos no CARF, com prazo até o fim de 2026, deve impulsionar contratações no segmento.
CNseg avança na agenda climática e lança ferramenta de risco de inundação
A Diretora de Sustentabilidade da CNseg, Claudia Prates, apresentou a primeira versão da ferramenta pública de avaliação de risco climático de inundação, que já permite ao cidadão consultar o risco associado ao seu endereço. A iniciativa integra um conjunto de ações do setor voltadas à adaptação climática e à ampliação do acesso à informação.
“Você pode chegar com o seu segurador e falar ‘Olha, o meu risco aqui é baixo, eu quero cobrir a inundação’. E aí você consegue começar a ter um mutualismo do seguro”, explicou.
Segundo Prates, a agenda ASG tem avançado de forma consistente dentro das seguradoras. “94% das empresas já vem incorporando a ASG nas suas estratégias”, afirmou. A expectativa é de que a ferramenta evolua até 2027 para incorporar outros tipos de riscos, como ondas de calor e seca.
O mais difícil para 2026: “conquistar quem ainda não tem seguro”, aponta Dyogo
A pesquisa reforça o diagnóstico de que, para ampliar a proteção financeira no Brasil, será preciso aumentar a comunicação com a população que não está habituada à linguagem, às coberturas e às estruturas de produtos do setor.
Para Oliveira, o Brasil ainda convive com entraves de renda e educação financeira, e o setor precisa atuar de forma mais ativa para romper o ciclo que limita a contratação de seguros a quem já conhece o produto.
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