Solidão como desafio corporativo: visão empreendedora sobre cultura humana, pertencimento e equipes
Vivemos o paradoxo da hiperconexão. As pessoas conversam por mensagens, reúnem-se por vídeo, acompanham a vida de amigos pelas redes. Mas, internamente, milhões não se sentem pertencentes a lugar nenhum.
A solidão, hoje classificada pela OMS como uma ameaça global à saúde pública, já afeta diretamente produtividade, convivência, criatividade e estabilidade emocional ou seja, impacta também o universo corporativo.
Para a empresária Shyrly Cristofoletti, fundadora do Grupo Lush (que reúne empresas como Magia & Cia, Voilà, Le Belare e outras), esse tema precisa sair das pautas acadêmicas e entrar definitivamente nas mesas de liderança:
“Cuidar da equipe deixou de ser um diferencial: é uma questão de sobrevivência emocional e estratégica. Pessoas solitárias adoecem, produzem menos e sofrem mais e isso afeta o negócio, mas principalmente afeta vidas.”
Shyrly Cristofoletti
Quando a solidão entra pelas portas da empresa
Dados da OMS mostram que 1 em cada 6 pessoas sofre com solidão crônica. No ambiente de trabalho, esse fenômeno se manifesta de maneiras silenciosas:
- retração social,
- medo de expor ideias,
- dificuldade de pedir ajuda,
- queda de engajamento,
- aumento de irritabilidade,
- menor colaboração entre equipes.
Segundo Shyrly, líderes precisam aprender a identificar esses sinais antes que eles gerem impactos irreversíveis:
“Eu observo meus colaboradores como seres humanos, não como funções. Às vezes, um silêncio diferente, uma mudança de postura ou um isolamento repentino já dizem muito. Ignorar isso é negligência emocional.”
No Grupo Lush que opera com equipes diversas, desde produção de eventos, gastronomia, atendimento a clientes até logística e decoração esse cuidado se torna ainda mais importante, porque o setor exige ritmo acelerado, contato com público e gestão de pressão.
A solidão como risco emocional e produtivo
A solidão não é apenas um problema pessoal. Ela provoca:
- ansiedade,
- depressão,
- esgotamento emocional,
- queda de autoestima,
- problemas cognitivos,
- conflitos interpessoais.
E tudo isso reverbera diretamente na performance.
Shyrly explica:
“Um colaborador emocionalmente sobrecarregado não consegue entregar o seu melhor. E não é porque ele não quer é porque ele não consegue. Por isso, eu sempre digo que resultados começam no bem-estar.”
Como empresas podem detectar e combater a solidão em suas equipes
A visão da empresária se apoia em três pilares de gestão humana:
1. Construir ambientes que promovam pertencimento
Shyrly acredita que pertencimento não é clima organizacional: é cultura.
Dentro do Grupo Lush, pequenos rituais foram criados para aproximar pessoas, como:
- conversas individuais frequentes,
- reuniões de alinhamento que priorizam fala e escuta,
- integração entre setores,
- valorização da troca de ideias,
- incentivo ao elogio e ao reconhecimento.
“Quando o funcionário sente que importa, ele se conecta. E quando se conecta, ele cresce como profissional e como pessoa.”
2. Treinar líderes para enxergar pessoas, não apenas processos
Liderança emocionalmente inteligente é, para Shyrly, a principal arma contra a solidão no ambiente de trabalho.
Ela destaca:
“Líder que não olha para gente, perde gente. E hoje, perder talentos custa mais caro que qualquer treinamento.”
Por isso, o Grupo Lush orienta gestores a:
- ouvir sem julgamentos,
- oferecer apoio,
- criar espaços de confiança,
- identificar mudanças de comportamento,
- incentivar conversas presenciais,
- agir antes que problemas emocionais escalem.
3. Criar uma cultura de diálogo e vulnerabilidade saudável
Para a empresária, incentivar diálogo não significa expor fragilidades, mas permitir autenticidade:
“Eu mesma falo abertamente com as equipes sobre desafios, emoções e decisões difíceis. Quando o líder se humaniza, a equipe entende que pode ser humana também.”
O impacto positivo da conexão humana no negócio
Nos bastidores do Magia & Cia, por exemplo, onde semanas inteiras são dedicadas a transformar sonhos infantis em realidade, a harmonia da equipe é essencial para evitar falhas, atrasos e conflitos.
Já no Voilà, equipe de cenografia e locação de equipamentos, onde criatividade e logística precisam caminhar juntas, trabalhar de forma integrada é indispensável para manter qualidade e agilidade.
Shyrly reforça:
“Nenhum evento nasce sozinho. São pessoas que criam, executam e entregam. Se essas pessoas não estiverem bem, nada estará.”
A juventude: a geração mais conectada e mais solitária
Segundo a OMS, jovens são os mais afetados pela solidão.
E no setor de eventos que atrai muitos colaboradores jovens isso exige atenção redobrada.
Shyrly observa que muitos chegam com:
- dificuldade de comunicação,
- medo de falar,
- baixa tolerância a frustração,
- insegurança elevada.
Por isso, dentro do Grupo Lush, ela investe em conversas, acompanhamento e estímulo à responsabilidade emocional:
“Os jovens precisam de referência, não apenas de ordem. Eles precisam ser acompanhados, não apenas cobrados. E isso é papel da empresa.”
Conclusão: combater a solidão é também uma responsabilidade empresarial
A solidão é uma epidemia emocional e as empresas não podem mais tratá-la como algo “de fora”.
Ao promover conexão, escuta e humanidade, líderes não apenas cuidam de seus times: fortalecem também o próprio negócio.
A visão de Shyrly Cristofoletti sintetiza essa responsabilidade:
“Empresas são feitas de pessoas. Se as pessoas adoecem, a empresa adoece. Mas se as pessoas florescem, a empresa floresce junto.”
Shyrly Cristofoletti é empresária e CEO do Grupo Lush Eventos, uma holding que reúne atualmente 19 empresas dos setores de entretenimento, buffets infantis, restaurantes, institutos de saúde e estética e uma distribuidora de vinhos, além de negócios voltados à locação de equipamentos e cenografia. Visionária e apaixonada por inovação, Shyrly se destaca por promover experiências únicas e por impulsionar o crescimento do setor gastronômico e de eventos, consolidando o Grupo Lush como referência em hospitalidade e bem-estar.
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