IA em treinamentos corporativos: estudo global destaca importância do fator humano

A adoção da Inteligência Artificial (IA) no Treinamento e Desenvolvimento (T&D) já deixou de ser tendência para se consolidar como uma realidade concreta nas organizações. Apesar disso, apenas 6% das empresas possuem uma estratégia formal para o uso da tecnologia na aprendizagem corporativa. O dado é do estudo AI in Learning and Talent Development, conduzido globalmente pela Association for Talent Development (ATD) em parceria com a edtech UMU, em 2024.

A UMU é uma empresa de tecnologia educacional com atuação internacional, especializada em soluções de aprendizagem interativa baseadas em inteligência artificial e dados em tempo real. O resultado revela um vácuo estratégico no setor e reforça a importância da mediação humana como elemento central da transformação.“Inteligência Artificial não substitui facilitadores. Ela potencializa sua atuação”, afirma Tatiany Melecchi, CEO da Transforma People & Performance e uma das palestrantes da ATD International Conference & EXPO 2025, maior congresso de T&D do mundo. Eu nao falaria isso, pois o trabalho de TD vai alem da facilitaçao

Mestre em Marketing pela Massey University, na Nova Zelândia, e primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD, Tatiany defende que o real valor da IA surge quando a tecnologia é utilizada como extensão da inteligência emocional e analítica dos profissionais da área. “É o facilitador quem contextualiza, inspira e conduz o processo. A IA é o meio, não o fim.” afirma a especialista.

De acordo com o estudo, 73% das empresas que utilizam IA destacam a personalização do aprendizado como principal benefício, enquanto 61% apontam avanços na curadoria de conteúdo e no suporte em tempo real. Para Tatiany, os dados mostram que a tecnologia melhora a qualidade das entregas, mas não elimina a necessidade da mediação humana. “Com dados mais precisos, os facilitadores conseguem atuar com mais assertividade, adaptar abordagens em tempo real e gerar maior conexão com os participantes. A IA fortalece o humano, não o substitui.” ressalta Melecchi.

A reflexão esteve no centro dos debates do ASU+GSV Summit 2024, realizado nos Estados Unidos, que reuniu mais de 7 mil profissionais das áreas de educação e treinamento corporativo. Bill Gates, um dos nomes mais aguardados do evento, afirmou que os chatbots de IA poderão atuar como tutores tão eficazes quanto humanos nos próximos meses. Já o analista Josh Bersin alertou que o maior impacto virá da capacidade de líderes e educadores utilizarem a IA para tomar decisões mais inteligentes, humanas e personalizadas.

Para Tatiany Melecchi, o cenário exige uma nova preparação das lideranças, que passam a assumir o papel de designers de experiências de aprendizagem. “Não basta adotar tecnologia. É preciso desenvolver uma mentalidade orientada por dados e, ao mesmo tempo, sensível à cultura e ao contexto das equipes. O desafio é humano, não técnico.” maconsultoria.com.br/.

Sobre Tatiany Melecchi

Tatiany Melecchi é mestre em Marketing pela Massey University, Nova Zelândia, a primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development) nos EUA, Coach ACC pela ICF pela International Coach Federation e Facilitadora Internacional Certificada pela LTEN (Life Sciences Trainers & Educators Network) nos EUA e facilitadora Internacional certificada em Neurociência da Gestão da Mudança pela 7th Mind, Inc nos EUA.

Top performer em Vendas na indústria farmacêutica no Brasil e Nova Zelândia, Tatiany Melecchi reúne mais de 20 anos de experiência nas áreas de vendas, marketing e treinamento e desenvolvimento de times comerciais em empresas globais com resultados expressivos no Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Atualmente é autora da ATD Sales Enablement Community of Practice e CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, onde dedica a sua carreira à pesquisa e desenvolvimento de metodologias e soluções inovadoras de aprendizagem. que visam facilitar a transferência do aprendizado para prática nas organizações e consequentemente maximizar a performance e resultados.