Geração Z no Poder: Como Jovens CEOs Transformam Ideias em Negócios Lucrativos

A presença de profissionais da Geração Z, jovens entre 15 e 29 anos, em cargos de decisão estratégica ainda é limitada no mercado brasileiro, mesmo em setores inovadores. É comum encontrar essa geração ocupando posições operacionais ou de supervisão básica, enquanto as funções gerenciais e executivas permanecem concentradas em profissionais mais experientes.

Apesar dos avanços em diversidade e inclusão no ambiente corporativo, a participação da Geração Z em cargos de liderança ainda é rara. Um levantamento do InstitutoZ, braço de pesquisa da Trope em parceria com a MMA Latam, revela que apenas 1 em cada 10 empresas conta com profissionais da geração Z, entre 15 e 29 anos, em posições de tomada de decisão.

Luis Parrela conta que sua motivação para empreender veio da experiência de crescer em uma pequena cidade no Norte de Minas Gerais, Lagoa dos Patos, e ter contato com novas oportunidades ao se mudar para Montes Claros. “Sempre fui movido por sonhos. No meu primeiro emprego, já trabalhava como se aquele negócio fosse meu, o que me preparou para assumir a liderança quando chegasse a minha vez”, afirma.

A empresa sob sua liderança faturou cerca de R$ 8 milhões em 2024, com a meta de alcançar R$ 10 milhões em 2025. Segundo ele, o crescimento se deve a decisões estratégicas focadas em pessoas e clientes. “Ter as pessoas certas por perto e colocar o cliente no centro da nossa cultura foram fundamentais. Só ganhamos dinheiro de verdade quando o cliente também cresce junto com a gente”, destaca.

Sobre seu estilo de liderança, Parrela enfatiza a proximidade com a equipe e o desenvolvimento de planos de carreira claros. “Sempre tive mentores que me ajudaram, mas acredito que meu diferencial é entender o que motiva as pessoas e mostrar onde elas podem chegar. Todo mundo precisa saber o que acontece se não desistir.”

O CEO também relembra os desafios iniciais por ser jovem à frente de um negócio. “Enfrentei resistência, especialmente de clientes mais tradicionais que desconfiavam da minha idade, mas isso só me deixou mais resiliente para superar os próximos desafios.”

Para o futuro, Parrela aposta no crescimento da Geração Z como agentes de transformação no mundo dos negócios. “Vejo um boom da nossa geração, que está muito voltada para propósito e gestão por resultados. Mesmo em setores tradicionais, como prestação de serviços, acredito que vamos crescer muito.”

Essa tendência reforça uma mudança importante no mercado, que começa a abrir espaço para jovens líderes que combinam inovação, propósito e foco em resultados, rompendo com a lógica tradicional de liderança.