Acidentes de trabalho: impactos lideram ranking das principais causas
Máquinas e equipamentos deixaram de ser principais causas de acidentes. Mas operações logísticas seguem como ambientes de risco
Os impactos contra pessoas e objetos se tornaram a principal causa de acidentes de trabalho no Brasil nos últimos dois anos. Os dados do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho (Smartlab) foram divulgados logo após o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho, celebrado no último domingo, 27 de julho.
Com 261 mil registros, os acidentes provocados por impactos contra pessoas e objetos passaram a representar 15,5% do total entre 2022 e 2024, ultrapassando os casos envolvendo máquinas e equipamentos, que contabilizaram 160.874 casos (9,53%) no mesmo período.
Os números atuais do Smartlab mostram uma mudança na tendência histórica observada entre 2012 e 2021, quando os acidentes com máquinas e equipamentos lideravam o ranking de causas notificadas pelo INSS.
Segundo as comunicações de acidentes de trabalho (CAT), enviadas ao INSS, os impactos contra pessoas e objetos englobam situações de contato físico entre uma pessoa e um objeto, seja este móvel ou fixo.
Também aparecem com destaque no levantamento mais recente os acidentes com veículos de transporte, que somaram mais de 144 mil ocorrências (8,55% do total). “Isso significa que as principais causas de acidentes de trabalho no Brasil estão presentes em operações logísticas, o que demanda medidas preventivas urgentes no setor”, alerta Afonso Moreira, CEO da AHM Solution, empresa especializada em gestão de riscos e perdas na cadeia de suprimentos.
Ele destaca que os riscos de acidente são ainda mais elevados em operações em que máquinas e pedestres transitam pelo mesmo ambiente, como em armazéns, pátios e centros de distribuição.
Uma das tecnologias utilizadas para prevenir acidentes nessas situações é o sistema HIT-NOT. Desenvolvido por um ex-engenheiro da NASA, com tecnologia de campo magnético, o dispositivo cria uma zona de alerta invisível ao redor de máquinas e veículos como empilhadeiras. Sempre que um trabalhador entra nessa zona de risco – com um raio de até 30 metros -, o sistema emite alertas sonoros, visuais e de vibração, tanto para o operador da máquina quanto para o pedestre. Isso permite a prevenção de colisões em tempo real, mesmo em locais com pouca visibilidade, grande ruído ou movimentação intensa.
“A prevenção de acidentes não é apenas uma questão de segurança, mas também de economia e produtividade”, afirma Afonso Moreira. “Tecnologias como o HIT-NOT reduzem drasticamente os custos com afastamentos e indenizações, além de permitirem que as máquinas operem com mais liberdade, sem comprometer a integridade dos trabalhadores”, completa.
Segundo ele, a mudança no perfil dos acidentes de trabalho exige atenção redobrada de empresas e gestores. “Soluções inovadoras apontam o caminho para ambientes mais seguros e eficientes”, conclui.
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