Uso de apps de mensagens no trabalho: como evitar vazamento de dados corporativos

A adoção de aplicativos de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram, transformou a comunicação no ambiente profissional, oferecendo agilidade e facilitando a interação entre equipes e com clientes. No Brasil, 95% das empresas utilizam o WhatsApp no dia a dia, de acordo com um levantamento realizado pelo International Data Corporation (IDC). No entanto, a conveniência dessas plataformas acompanha riscos relacionados à proteção de dados, que demandam atenção e gerenciamento por parte das organizações para prevenir exposição de informações e incidentes cibernéticos.

Para Rodrigo Rocha, gerente de arquitetura de soluções da CG One, empresa de tecnologia focada em segurança da informação, proteção de redes e gerenciamento integrado de riscos, o uso desses aplicativos no ambiente corporativo traz muitas vantagens, mas também oferece perigos. “Assim como no uso pessoal, essas ferramentas são porta de entrada para tentativas de golpe, e a divulgação indevida de dados confidenciais, de forma intencional ou não, é uma preocupação central para as organizações", afirma.

Apesar de contarem com a criptografia de ponta a ponta, recurso padrão em muitas dessas plataformas, a proteção em aplicativos de mensagens instantâneas é limitada. Isso porque essa tecnologia protege o conteúdo das mensagens contra interceptação por terceiros durante a transmissão, mas não impede o envio ou recebimento de links maliciosos, arquivos infectados ou o compartilhamento indevido de dados por parte dos usuários.

"Se um link ou arquivo malicioso for enviado por meio desses aplicativos, ele chegará ao destinatário e poderá comprometer o dispositivo", analisa Rocha. O especialista acrescenta que, por isso, não se deve assumir que essas ferramentas são totalmente seguras apenas pela criptografia.

Estratégias para evitar problemas

Diante deste cenário, a simples proibição do uso destes canais pode se mostrar ineficaz ou gerar problemas operacionais. A alternativa recomendada envolve a implementação de uma abordagem multifacetada. “Isso inclui estabelecer políticas internas claras sobre o uso corporativo dos aplicativos de mensagens, definindo o que pode ou não ser compartilhado”, explica Rocha.

Para o especialista, a conscientização e o treinamento contínuo dos colaboradores sobre práticas seguras de comunicação digital e a identificação de ameaças, como mensagens de remetentes desconhecidos ou com conteúdo suspeito, são componentes fundamentais para garantir a segurança das operações.

Paralelamente, o mercado oferece alternativas tecnológicas desenhadas para adicionar camadas extras de proteção ao uso corporativo de aplicativos de mensagens. "Hoje existem soluções que se integram ao contexto empresarial desses apps e podem monitorar as comunicações para fins de auditoria e conformidade, analisar o conteúdo em busca de informações sensíveis e até bloquear o envio de dados confidenciais, operando sem comprometer a privacidade dos funcionários”, explica.

Prevenção como a chave

Investir em medidas de controle e prevenção é uma ação estratégica para as empresas. Os custos associados a uma quebra de confidencialidade de dados, que podem incluir prejuízos financeiros diretos, danos à reputação e implicações legais (como as relacionadas à LGPD), superam o investimento necessário para implementar defesas adequadas.

"Se ferramentas de comunicação tipo WhatsApp forem usadas como uma ferramenta oficial de comunicação, é muito importante as empresas implementarem soluções de monitoramento e bloqueio de vazamento de dados. As consequências de uma ocorrência desse tipo são muito mais custosas do que investir na prevenção," conclui Rocha.

Sobre a CG One

Com mais de quatro décadas de mercado e 100% brasileira, a CG One é uma empresa de tecnologia focada em segurança da informação, proteção de redes e gerenciamento integrado de riscos. Especialista em mitigar ameaças e agregar valor às empresas por meio de soluções e serviços de alta qualidade, a CG One conta com mais de 150 colaboradores qualificados e certificados que, nos últimos 20 anos, proporcionaram operações seguras para mais de 500 empresas de diversos portes e setores, em todo o Brasil. Saiba mais em