Como a personalização e as conexões humanas estão moldando o futuro dos eventos de negócios

Em plena era da hiperconexão digital, uma certeza permanece: o contato humano ainda é insubstituível. Em um mundo onde tudo está online e conectado, os eventos presenciais — especialmente aqueles personalizados, pensados sob medida para públicos específicos — ganham ainda mais relevância como potentes mecanismos de escuta, troca e, principalmente, pertencimento.

A personalização de encontros, muitas vezes estruturada em formato on demand, vem transformando a dinâmica tradicional dos eventos corporativos e ressignificando o verdadeiro valor das conexões humanas. O tema está em alta e foi, inclusive, um dos destaques do SXSW 2025. Em meio à crescente digitalização, à inteligência artificial (IA) e à busca por eficiência baseada em dados, a interação humana segue como uma das maiores propulsoras do sucesso nos negócios.

Esse movimento ressoa com força no universo corporativo: nunca foi tão necessário criar experiências centradas em relações autênticas e significativas. No ambiente empresarial, buscamos constantemente soluções rápidas e inovadoras. Mas será que esse é o único caminho? O contato presencial — prática milenar —, somada a trocas genuínas e enriquecedoras, faz uma diferença que nenhuma tecnologia pode substituir.

Um bom exemplo disso foi a Confraria FCE Pharma, evento idealizado e realizado pela nossa unidade especializada em experiências personalizadas. Ele reuniu profissionais da indústria farmacêutica para um momento de confraternização. Não se tratava de um ambiente para expor um produto ou serviço ou fazer uma palestra. Não era um lugar para sair com um negócio fechado. Nosso intuito era criar um clima descontraído para que as conexões pudessem acontecer. E o retorno que tivemos não poderia ser melhor. Esse tipo de iniciativa mostra que eventos corporativos não precisam ser óbvios, tampouco previsíveis. Pelo contrário: podem (e devem) ser adaptáveis e alinhados às reais necessidades do público.

Na empresa onde atuo, realizamos anualmente 18 grandes feiras e mais de 200 eventos. Todos eles combinam exposição de produtos, serviços e conteúdo relevante a, claro, oportunidades ricas de networking. Isso sem contar os eventos promovidos pela concorrência. Os números falam por si: segundo a ABEOC Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), o setor representa cerca de 4,3% do PIB nacional — uma fatia expressiva da economia.

Diante disso, as empresas que compreenderem a importância de fomentar conexões humanas genuínas sairão na frente. Em um mercado cada vez mais competitivo, esse pode ser um diferencial estratégico e definitivo.

Enquanto o mundo valoriza cada vez mais a autenticidade nas relações, os eventos se consolidam como epicentros dessa transformação. São espaços privilegiados para fortalecer vínculos reais e impulsionar comunidades de interesse profissionais ou pessoais mesmo.

No fim das contas, em meio a tantas possibilidades tecnológicas e transformações velozes, uma premissa precisa ser mantida: as pessoas devem estar no centro de tudo. Porque a melhor experiência é aquela que gera valor humano — fortalecendo não apenas as redes de contato, mas um novo tipo de relação.