Série, parte 6: O seguro é um partido que não tem desvio para direita ou para a esquerda, pois seu significado é empreender
Observem, como um amplo público observaria, cercando minha interpretação dos fatos, que os corretores individuais desejam estar presentes, mas desconhecem a direção a seguir para promover a cultura política em nosso meio, mesmo tendo líderes excepcionais dedicados incessantemente à política do trabalho do corretor. E, antes de qualquer crítica, que considero bastante construtiva, é vital abordar algumas realidades. A estreia é esta: a oposição é praticamente inexistente, ou é tão insignificante em relação à sua dimensão ideal que é praticamente nula. Se houvesse uma oposição efetiva, haveria candidatos em qualquer situação, independentemente do período eleitoral. Por quê? Uma das respostas possíveis é a ausência, até o momento, da obrigação do Imposto Sindical.
Ilustrarei ainda mais, respeitosamente, pois acredito que boas ações também merecem análise contextual. Certa vez, expressei a excelente intenção de criar uma segunda autogestão profissional, uma espécie de concorrência. Um texto colaborativo e repleto de boas intenções foi apresentado, e ao analisá-lo, questionei brevemente: a missão dessa autogestão é realmente lidar com questões filosóficas de políticas sindicais? Não seria mais apropriado para um sindicato? E a pergunta subjacente é: se a intenção era criar um novo sindicato, por que ter dois? Se já existem dois, por que alguns profissionais se filiam a um e outros a outro? Se alguém não está registrado em uma representação específica, por que não pode se expressar e votar, considerando que o voto é a única forma de expressão? Percebe a complexidade do que estou compartilhando? Na minha visão, não há sentido na criação de uma nova representação.
Portanto, é crucial compreender que, sem uma política sindical ativa, a profissão carece de propósito. Embora minha opinião possa surpreender alguns, pois alguns podem pensar que tenho uma postura opositora, na verdade, nem opositora nem situacionista! Quer um exemplo? Em algum momento, critiquei um sindicato com palavras rudes ou críticas severas e infundadas? Nunca! Além disso, nos governos anteriores, o Imposto Sindical Obrigatório foi revogado. No entanto, anualmente, os sindicatos ainda solicitam contribuições voluntárias. Como jornalista, quando publiquei matérias informando que os corretores não precisavam pagar o imposto? Poderíamos ter manchetes como "Corretores de seguros dispensados do Imposto Sindical" ou "Não pague o Imposto Sindical, pois não é obrigatório" antes do prazo de pagamento. Imagino a influência das minhas opiniões sobre a maioria dos corretores de seguros, apesar de algumas reservas; no entanto, nunca busquei extinguir o conceito sindical. Por quê? Porque sou corretor de seguros e desejo que minha profissão sobreviva, apesar de discordar de algumas práticas. Este parágrafo testemunha que a política é fundamental para melhorar nossa situação. Você acredita que estaríamos melhor sem a dimensão política que destaco em meu texto, com toda a sinceridade possível?
Apesar de não ser este um texto sobre mim, outras pessoas ou grupos, escrevo para promover uma compreensão madura por meio da inteligência emocional. Devemos abandonar o dogmatismo, lembrando que nossa perspectiva é empresarial, não trabalhista. Cometemos erros ao longo dos anos, acreditando que nossa personalidade deve sobrepujar nossa missão. Não, não e não! Desentendimentos pessoais devem ser resolvidos entre indivíduos, mas a instituição deve ser sempre preservada!
Continuando, ao contrário de um comércio que vende diretamente ao consumidor, somos intermediários na relação. Isso implica que não possuímos poder decisório. Primeiramente, a seguradora e, em seguida, o consumidor detêm esse poder. O corretor, repito, não tem esse poder. Portanto, sem poder decisório e com um número limitado de profissionais, ao contrário de médicos e advogados, enfrentamos desafios significativos no governo, sem representantes diretos no Legislativo. Onde isso nos levará? No entanto, nossa base de formação e intenção política é sólida e ativa.
Com respeito, tenho reservas em relação aos congressos profissionais e acredito que não devemos buscar apoio financeiro externo para nossa profissão. Quem, afinal, cobre as despesas das representações? Se a grande maioria dos corretores, cerca de 95%, não apoia financeiramente as representações de nenhuma maneira, como cobrir os custos com funcionários, aluguel e despesas anuais? Precisamos dissociar preferências políticas de descontentamentos individuais. Apoiar o sindicato como representante, cobrando ações e inações, é uma coisa; entender o papel político que todos deveríamos ter em relação aos objetivos é outra.
Estamos enfraquecidos há muito tempo, e isso não é culpa dos gestores. Vários pontos precisam ser abordados para alcançarmos resultados benéficos, respeitando princípios éticos e justos. Se queremos preservar a profissão, talvez devamos colecionar "jabutis" e outros "bichos". O Legislativo é a chave para a criação e revisão de leis. Estamos perdendo porque nossa classe está constantemente desunida, brigando, competindo e rebaixando nossa própria imagem. Precisamos direcionar nossas metas para fortalecer nossa profissão, evitando conflitos internos. Observo uma crescente degradação, posições hostis, falta de educação, ausência de diálogo e falta de esperança em nossas fileiras.
Hoje, meu texto destacou a perspectiva do corretor, que se ausenta na participação política profissional, pelo único caminho que consolida sua posição perante a sociedade, ainda que duvide de que está em mãos apropriadas, que é justamente a política que está nas mãos dos representantes.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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