Plataforma: a evolução do mercado de seguros

Com todos os setores evoluindo para se tornarem cada vez mais digitais e flexíveis capazes de se conectarem com fornecedores, parceiros, stakeholders e demais órgãos relacionados, para o mercado de seguros, obviamente, não poderia ser diferente. Acompanhar a evolução do atendimento aos clientes, as novas demandas e como as empresas se relacionam com o seu entorno é palavra de ordem nas seguradoras. Estes e outros temas foram pauta do APIX 2022, um dos maiores eventos especializados em APIs do mundo, realizado pela Sensedia.

Durante o painel ‘O caminho para o mercado de seguro como plataforma’, Leonardo Lourenço, diretor da Simple2u, disse que “transformar as seguradoras em plataformas tem duas vantagens: a primeira é ser plugável e conectável, e a segunda é tornar a operação totalmente flexível, pois a infraestrutura também se torna adaptável e ágil, para responder rápido às exigências dos clientes e criar novos produtos e serviços.”

Já Daniel Rosa, IT Executive Director da Sompo, comentou que “as grandes seguradoras, como nós, necessitam acompanhar toda a evolução do setor e, ao mesmo tempo, lidar com o maior grau de complexidade devido ao sistema legado e ao grande volume de dados. Utilizar a tecnologia para modernizar o modelo do negócio, aprimorando o core da empresa e, de quebra, torná-la plugável permitindo sua interação com o ecossistema.”

O futuro chegou

Como toda revolução não acontece repentinamente, o processo é sempre gradual e as mudanças são implantadas de acordo com a aceitação e demanda dos públicos-alvo, o mercado de seguros vem passando por uma série de reformulações e criações de novas ofertas baseadas nas reais necessidades das pessoas, considerando o estilo de vida da população, seus consumos e preferências.

Agora, a tendência é oferecer o produto certo, na hora certa. Seguros sob demanda é um serviço que veio para ficar. Mais do que seguros de veículos, casa e de vida, a tendência é as seguradoras ofertarem, por exemplo, seguros para shows - em que o segurado contrata a proteção de seus pertences durante a quantidade de horas que necessita, sem apólice gerada, sem contratos, tudo de maneira simples.

Segundo Lourenço e Rosa, o comportamento de consumo atual não pede mais por contratos longos, de anos. As pessoas anseiam por hiperpersonalização e contratos curtos, que atendam suas necessidades do momento.

Tornar as seguradoras plataformas conectáveis, abertas e plugáveis é algo indispensável para atender e acompanhar toda essa evolução não só do mercado mas também dos consumidores. A troca de dados entre o ecossistema é o segredo que manterá as seguradoras competitivas, ofertando produtos e serviços assertivos e em linha com as necessidades dos segurados.

Unir expertises de seguradoras, insurtechs, entidades do setor, parceiros e stakeholders para, juntos, tornar o ecossistema de seguros robusto, moderno, digital e atrativo a todos os públicos é o segredo do sucesso.