Carros foram arrastados pelas ruas da cidade, por conta da força da água, há também os que ficaram presos nas garagens. “Para esses casos, o seguro automóvel oferece cobertura, desde que haja a contratação do seguro compreensivo”, explicou o consultor.

No que diz respeito aos seguros de condomínio existe a cobertura de Responsabilidade Civil – Guarda de Veículos de terceiros, entretanto, uma questão surge: “O que está acontecendo no Rio de Janeiro é caracterizado como dano da natureza, não tem responsabilidade civil direta envolvida. Mesmo que, hipoteticamente tivesse cobertura, em geral as pessoas atribuem verbas muito pequenas para isso. Um carro novo, médio, custa 100 mil reais, e o segurado coloca no seguro R$ 200 mil; nesse caso o valor seria usado em 2 carros e fim”, disse Sérgio.

Para o caso das residências que sofreram com o desmoronamento do morro, teríamos o caso da cobertura de danos por causa externa, então, a cobertura de incêndio não pode ser aplicada a isso. “Voltamos, então, a uma velha questão: por que as seguradoras não constroem produtos all risks, sobretudo para esses casos, assim, todos os riscos estariam cobertos”, relembrou.

Pontos comerciais também foram afetados. Assim como no seguro residencial, há coberturas limitadas. “Na Rua do Imperador, Centro da cidade, está tudo fechado. Em consequência de tudo que aconteceu, veio prejuízo material e também financeiro porque as atividades estão paralisadas. “Seria interessante a cobertura para os lucros cessantes, despesas fixas + lucro líquido. Também existem coberturas do mercado para indisponibilidade do imóvel para casos de acidentes, que poderiam ter sido contratadas”.

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