BNDES realiza, com GNA, sua primeira estruturação de debêntures de infraestrutura
Operação faz parte de estratégia para incentivar mercado de capitais
Banco participa de emissão da Gás Natural Açu, que conta ainda com BTG Pactual, BNP Paribas, Bradesco e ABC Brasil
BNDES também adquiriu 30% dos títulos, investindo R$ 550 milhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou sua primeira estruturação de debêntures, participando da emissão total da Gás Natural Açu (GNA), de R$ 1,8 bilhão. A operação conta ainda com o BTG Pactual como coordenador-líder, além do BNP Paribas, do Bradesco e do ABC Brasil como coordenadores no sindicato. A estruturação, inovadora na história do BNDES, faz parte de sua estratégia de atuar em parceria com o mercado de capitais, com o objetivo de incentivar e alavancar o potencial impacto dos empréstimos.
O BNDES também investiu R$ 550 milhões nas debêntures incentivadas para a UTE GNA I, usina térmica a gás natural, localizada no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo de atuar também como investidor é dar confiança à empresa e aos investidores de que haverá demanda.
É a primeira vez que o BNDES tem seu nome figurando em uma escritura de Debêntures de Infraestrutura, chancelando a emissão de forma a atrair mais investidores para cofinanciar o projeto. Em 18 de maio deste ano, o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou o Banco a participar do sistema de distribuição de valores mobiliários prestando serviços de estruturação, coordenação e distribuição desses ativos.
A diretora de Finanças do BNDES, Bianca Nasser, destacou a expertise da instituição como elemento para atrair outras fontes de financiamento. “Ao atuar como estruturador nessa emissão, o BNDES agrega seu conhecimento de análise de projetos de infraestrutura para fomentar novos investidores. O propósito é poder dar um selo de qualidade desta análise à transação e, com isso, alavancarmos os recursos públicos alocados, atraindo mais capital privado para investimentos de longo prazo no setor a custos mais competitivos. O BNDES pretende viabilizar mais operações via debêntures dando maior oportunidade do mercado acompanhá-lo nos investimentos realizados”, complementa.
A operação foi estruturada no âmbito do produto BNDES Debêntures Sustentáveis e de Infraestrutura, que tem como finalidade a alocação de capital de longo prazo em investimentos verdes, de infraestrutura ou que contribuam para o atingimento das metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. As debêntures da GNA terão prazo total de 18 anos e serão remuneradas a IPCA + 5,92% ao ano. O prazo total supera em 58% a média dos prazos dos títulos emitidos em 2020 (11,6 anos), segundo o Boletim Informativo de Debêntures Incentivadas do Ministério da Economia.
“A emissão das debêntures de GNA I traz com sucesso a participação do mercado de capitais no financiamento do projeto, alinhada à estratégia do BNDES de incentivar a pluralidade de alternativas de funding à infraestrutura do Brasil”, avalia Petrônio Cançado, diretor de Crédito à Infraestrutura do BNDES
A GNA I tem 1.338,3 MW de potência, volume suficiente para suprir a necessidade de cerca de 6 milhões de domicílios. Com isso, contribuirá para a segurança energética brasileira. Durante a fase de implantação, os empreendimentos da GNA empregaram mais de 12 mil pessoas, sendo grande parte da população local.
A iniciativa representa um esforço de refinanciamento do empreendimento, que já contou com créditos de R$ 1,76 bilhão do BNDES, com garantias do banco alemão KfW IPEX-Bank, e de US$ 288 milhões da International Finance Corporation (IFC), em 2018. Com a nova transação, o IFC deixa a base de credores do projeto.
Para a companhia, a operação representa um alongamento da dívida em cinco anos (até 2039) a um custo menor. Uma menor parte dos recursos obtidos com a emissão também será alocada em despesas relativas à construção da usina e em custos da transação.
“Agradecemos a parceria do BNDES em mais essa operação, que é inédita no mercado brasileiro. A credibilidade da instituição somada à solidez de nosso projeto e à robustez de nossos acionistas resultaram no grande interesse dos investidores pelos papéis. A UTE GNA I é uma usina termelétrica a gás natural, que contribuirá para a diversificação da matriz energética brasileira, aumentando a resiliência e confiabilidade do sistema, um projeto estratégico para a retomada econômica do país pós-pandemia”, afirma Bernardo Perseke, Diretor-Presidente da GNA.
“Sabíamos que essa operação seria desafiadora. Precisamos levar em consideração a complexidade de coexistência de estruturas de mercado de capitais local e financiamento internacional, o prazo de execução a que nos comprometemos, o volume da emissão, além da quantidade e diversidade dos stakeholders envolvidos. Estamos extremamente satisfeitos por ter contado novamente com a parceria do BNDES no desenvolvimento de uma solução inovadora e em anunciar mais uma conquista da GNA com a conclusão desta transação sem precedentes”, afirma Pedro Oliveira, Diretor Financeiro da GNA.
Gás Natural Liquefeito (GNL) – A matriz energética brasileira tem ampliado a participação de fontes renováveis intermitentes, como a eólica e a solar. Entretanto, é necessária uma complementação com fontes flexíveis de geração, como as térmicas, de modo a garantir o fornecimento quando houver menor oferta de energia. O GNL desempenha o papel de combustível da transição para uma economia de baixo carbono, já que o gás natural é mais eficiente e emite menos gases de efeito estufa que os demais combustíveis fósseis.
Sobre a usina – A GNA I foi a primeira termelétrica movida a GNL financiada pelo BNDES. Além da usina, os recursos viabilizaram a instalação de terminal de recebimento, armazenamento e regaseificação do GNL e 52,6 km de linhas de transmissão, estabelecendo conexão com a Subestação de Campos e, de lá, com o Sistema Interligado Nacional (SIN).
O BNDES também financiou a GNA II (crédito de R$ 3,9 bilhões), segunda usina do complexo termelétrico a gás natural, que é o maior do gênero na América Latina. Ela terá uma capacidade instalada de 1.672,6 MW, o suficiente para suprir a necessidade de 7,5 milhões de domicílios.
Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica.
Sobre a GNA – A GNA (Gás Natural Açu) é uma joint venture formada pela Prumo Logística, BP, Siemens e SPIC Brasil, dedicada ao desenvolvimento, implantação e operação de projetos estruturantes e sustentáveis de energia e gás. A empresa constrói no Porto do Açu (RJ) o maior parque termelétrico a gás natural da América Latina. O projeto compreende a implantação de duas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas térmicas irão gerar energia suficiente para atender quase 14 milhões de residências. O investimento total nos dois projetos é de cerca de R$ 10 bilhões.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
https://www.facebook.com/groups/portalnacional/
<::::::::::::::::::::>
IMPORTANTE.: Voce pode replicar este artigo. desde que respeite a Autoria integralmente e a Fonte... www.segs.com.br
<::::::::::::::::::::>
No Segs, sempre todos tem seu direito de resposta, basta nos contatar e sera atendido. - Importante sobre Autoria ou Fonte..: - O Segs atua como intermediario na divulgacao de resumos de noticias (Clipping), atraves de materias, artigos, entrevistas e opinioes. - O conteudo aqui divulgado de forma gratuita, decorrem de informacoes advindas das fontes mencionadas, jamais cabera a responsabilidade pelo seu conteudo ao Segs, tudo que e divulgado e de exclusiva responsabilidade do autor e ou da fonte redatora. - "Acredito que a palavra existe para ser usada em favor do bem. E a inteligencia para nos permitir interpretar os fatos, sem paixao". (Autoria de Lucio Araujo da Cunha) - O Segs, jamais assumira responsabilidade pelo teor, exatidao ou veracidade do conteudo do material divulgado. pois trata-se de uma opiniao exclusiva do autor ou fonte mencionada. - Em caso de controversia, as partes elegem o Foro da Comarca de Santos-SP-Brasil, local oficial da empresa proprietaria do Segs e desde ja renunciam expressamente qualquer outro Foro, por mais privilegiado que seja. O Segs trata-se de uma Ferramenta automatizada e controlada por IP. - "Leia e use esta ferramenta, somente se concordar com todos os TERMOS E CONDICOES DE USO".
<::::::::::::::::::::>

Adicionar comentário