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Liderança feminina e a abertura de caminhos no mercado de inovação

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Keth Oliveira
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Liderança feminina e a abertura de caminhos no mercado de inovação

Ada Lovelace, Marie Curie, Elizabeth Blackwell, Barbara McClintock, Chien-Shiung Wu, Alice Ball, Graziela Maciel Barroso, Gladys Jennifer Doudna, Gladys West…

Estes são apenas alguns exemplos, dentre muitos possíveis, de mulheres que revolucionaram a ciência e que, mesmo com desafios complexos ligados a disparidade de gênero e falta de oportunidades em sociedades e épocas ainda mais tradicionalistas, conseguiram marcar suas respectivas áreas de especialidade e contribuir, de modo decisivo, com o desenho do universo da tecnologia e da pesquisa, como o entendemos hoje.

Obstáculos a serem vencidos: as mulheres e o mercado de startups

Isso não significa, no entanto, que os obstáculos para a representatividade feminina dentro do escopo amplo da inovação foram plenamente superados. Analisemos, por exemplo, o mercado de startups – um segmento que, a princípio, é percebido como mais aberto para debates sobre diversidade e inclusão.

Segundo o Female Founders, importante e rico estudo de mercado da Distrito em parceria com a Endeavor divulgado este ano, apenas 4,7% das startups brasileiras foram fundadas por empreendedoras. Se somarmos o número de negócios digitais com times mistos de founders (homens e mulheres), este número cresce para 9,8%. Em outras palavras: menos de 1/10 das startups brasileiras.

O número é especialmente desafiante, pois, em 10 anos, tivemos pouca evolução neste sentido – em 2011, o número de founders mulheres era de 7,9%, o que se traduz em menos de 2% de crescimento de lideranças femininas no intervalo de 1 década.

E o cenário de desafios vai além. De acordo com informações compiladas pela Forbes em reportagem de março deste ano, temos um ambiente de inovação global em que:

- Apenas 7% dos investimentos de risco são direcionados para negócios liderados por mulheres;
- A média de investimentos recebido por startups de empreendedoras é 35% menor do que a de negócios conduzidos por homens;
- Mesmo os pitchs, quando conduzidos por empreendedores, são privilegiados em rodadas de investimento, em detrimento daqueles apresentados por mulheres.

Todo este contexto abre espaço para duas reflexões importantes: a primeira é a de que, como se percebe, ainda há uma longa jornada em relação a uma verdadeiro equilíbrio de gêneros dentro do ambiente de negócios digitais que, por sua vez, fomentam o círculo da inovação no Brasil e no mundo.

O segundo ponto diz respeito a necessidade de lançarmos um olhar para iniciativas, startups e lideranças femininas que já estão contribuindo para a quebra desses paradigmas.

Difundindo a transformação e a igualdade de oportunidades

De fato, mesmo com todo o caminho a ser percorrido, temos exemplos inspiradores de mulheres que estão liderando mudanças disruptivas dentro de diferentes segmentos econômicos. No Brasil, a Gupy, principal startup de recursos humanos do país, é liderada por Mariana Ramos, CEO e cofundadora da empresa.

Outro exemplo interessante – dentro de um mercado bastante tradicional – é o da Agrosmart – da fundadora e CEO, Mariana Vasconcelos, que desenvolve soluções para automação no agronegócio e já captou mais de US$ 10 milhões em investimentos segundo o Crunchbase.

E porque não falarmos de iniciativas ainda mais de base, como a Women Leadership, liderada pela Isa Quartarolli, que tem como objetivo formar lideranças femininas para o mercado e já impactou mais de 900 mulheres por meio de cursos e iniciativas de transformação cultural nas empresas?

Esse também é o caso da PrograMaria, que leva conhecimentos de programação e tecnologia por meio de cursos exclusivos para empoderar jovens mulheres. A startup é liderada por Iana Chan e conta com uma importante missão de, justamente, trazer mais equidade de oportunidades para o ambiente de inovação do país.

Os benefícios da transformação

E para quem acredita que essa discussão se limita, somente, a uma perspectiva de justiça social, já está mais do que provado que ambientes de trabalho mais diversos tem um peso decisivo para os resultados de uma organização.

Já em 2015, um estudo da McKinsey apontou que empresas com mulheres em cargos de liderança tem desempenho financeiro 15% a média de seu segmento – esse valor cresce para 25% de otimização do desempenho financeiro, quando a diversidade de gênero é combinada com diversidade étnica!

Já em uma pesquisa da Zenger/Folkman de 2019, as lideranças femininas são mais bem avaliadas em 84% dos critérios de liderança incluindo desde capacidade de autodesenvolvimento, tomada de iniciativa e resiliência.

Diante de dados tão significativos, é fundamental que a discussão sobre disparidade de gênero no mercado de inovação cresça, de modo que mais e mais mulheres tenham a oportunidade de assumir cargos de liderança e de ampliar as suas vozes para que a transformação digital da sociedade caminhe, de mãos dadas, com uma transformação cultural que trará ganhos para todos.

*Janine Motta é Comunicóloga, Jornalista e Profissional do Marketing, Mestra em Web Analytics e pós-graduanda em Marketing pela USP. Atualmente é Gerente de Marketing da Docket, uma legaltech que fornece ao mercado toda a infraestrutura para processos que dependem de documentação, de ponta a ponta, por meio da tecnologia.


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