Geração Z na pandemia: pesquisa revela o impacto do isolamento social nos jovens

A pandemia tem alterado as relações pessoais e profissionais por todo o mundo. Desde o primeiro trimestre do ano, quando o vírus se intensificou na Europa e, posteriormente, na América, diferentes países vêm se mobilizando para reduzir os impactos provocados pela Covid-19. Nesse sentido, foi preciso estabelecer novas formas de interação e comunicação entre as pessoas, readaptação à estrutura corporativa, entre tantas outras medidas de prevenção.

Os aspectos comportamentais também sofreram grande impacto nesse período. Com o isolamento social como medida de prevenção, as pessoas precisaram repensar seu modelo de vida e as atividades do dia a dia para minimizar os impactos da quarentena. Um público que teve sua rotina transformada radicalmente foram os jovens e adolescentes em período escolar.

Para entender melhor o impacto em suas vidas, a Ânima, empresa de inteligência de mercado, que atua em todo o nordeste apoiando empresas regionais, nacionais e multinacionais a se relacionarem com o público, em parceria com a On The Go, plataforma de pesquisa via chatbots que visa humanizar o processo de coleta de dados, realizou a pesquisa “Geração Z e a pandemia: as marcas deixadas pelo isolamento”. Construída de maneira online e com bastante interação, a pesquisa foi produzida com o apoio da plataforma de chatbot da On The Go e contou com o depoimento de mais de 400 jovens entre 15 a 18 anos.

Por meio de metodologia quantitativa, a pesquisa revelou que, quando o assunto é redes sociais, 42% disseram passar o tempo nos aplicativos, no entanto, sentem falta de seus amigos e do contato físico. Um dado contrário ao que se falava no período pré-pandemia, uma vez que havia muitos estudos sobre os jovens ficarem tempo excessivo na internet, em jogos e/ou comunicação online. Quanto às demais atividades realizadas durante o dia, 60% indicaram os estudos e 45% a ajuda com os afazeres domésticos, participação expressiva dos jovens nas atividades caseiras. O que chama atenção é que 10% deles não estão engajados em nenhuma atividade específica.

Perguntados sobre o futuro, alguns dados apontados foram: 36% afirmaram que vão aproveitar mais a vida e 1/4 dos jovens vai ter que redobrar os estudos para recuperar o conteúdo perdido. 27% afirmaram que pretendem rever seus hábitos de consumo e 8% responderam que pretendem trabalhar para ajudar com as contas de casa. 7% dos entrevistados apontaram querer participar de algum movimento que ajude a melhorar o mundo. Quanto às suas emoções, quase 70% dos jovens estão com os sentimentos à flor da pele, visto que 22% afirmaram estarem tristes e/ou desanimados, 18% estão ansiosos e/ou nervosos, 15% com excesso de emoções que se alteram a cada dia e 12% inseguros em relação ao futuro.

Para o pós-pandemia, a vontade de estar juntos dos amigos e familiares representou a vontade de 39% dos jovens. 1/3 deles gostariam de ter um mundo com maior harmonia ambiental e, o que chama atenção é a pouca expressividade de jogos online (4%) e de consumo (3%) no mundo que eles desejam encontrar após esse período.

Quando questionados sobre o seu papel na construção de um mundo melhor, 51% responderam que é fundamental a geração Z se mobilizar com as mudanças, 20% afirmaram querer ajudar, mas não sabe como. Isso revela uma oportunidade de formação e engajamento dos jovens. Mas, ao mesmo tempo, apenas 7% concordaram que a política é o melhor caminho para uma mudança.

Ainda pensando em seu futuro, 54% dos jovens concordaram querer estudar para ter uma profissão estável, enxergando na educação o melhor caminho para atingir seus objetivos. 14% querem uma profissão que ajude a melhorar o mundo e 12% disseram querer ajudar a família.

De acordo com Daniela Teixeira, Mestre em Consumo na Ânima, a pesquisa foi importante para entender como os jovens estão lidando com esse período. “Claramente, eles sentiram o impacto da pandemia, o que deve ser visto como um alerta importante para que as famílias estejam atentas e consigam administrar esse período conturbado. Por outro lado, eles querem ter sua vida de volta, com encontros entre amigos e contato físico. As redes sociais não estão sendo suficiente, o que é interessante analisar: a geração nativa digital deixou claro a falta da aproximação física e já relaciona o uso do digital ao tédio”, comenta. “Outro ponto relevante da pesquisa é a preocupação dos jovens pelo meio ambiente e sua relação com um mundo melhor. Sem dúvidas, uma parcela deles está empenhada em transformar o futuro”.

Para João Calixto, CEO da On The Go, a utilização de chatbot para a produção da pesquisa facilitou todo o processo de coleta de dados. “Entendemos que é preciso ter total sensibilidade para dialogar com esse público. Deste modo, quando utilizamos uma plataforma interativa como a nossa, sem dúvidas, ajuda os jovens a se sentirem mais à vontade para responder as perguntas”, comenta. “Com respostas mais certeiras, conseguimos obter insights ricos, tornando nossas pesquisas mais próximas da realidade”, finaliza o executivo.

Sobre a On the Go

A On the Go é uma plataforma para pesquisas de mercado, que usa tecnologia de chatbots e Inteligência Artificial para transformar o formulário de pesquisa tradicional em uma conversa via chat Com mais de 50 mil pessoas entrevistadas em cerca de 100 pesquisas, a plataforma oferece mais de 20 formas de perguntas, que podem se adaptar a pesquisas comportamentais, de satisfação, avaliações de marca, testes de conceito, entre outras aplicações. Além do mercado brasileiro, a On the Go já realizou projetos em países em mais de 7 países, entre eles: Portugal, Estados Unidas, Espanha, Argentina e México.