Brasil,

Presidente da ENS comenta ações durante a pandemia

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O presidente da ENS, Robert Bittar, foi o convidado especial da Mesa Redonda do Seguro, um bate-papo mensal promovido pelo portal Centro de Qualificação do Corretor de Seguros (Cqcs), entre jornalistas e grandes personalidades do setor. Realizado na última quinta-feira, 26 de novembro, o programa contou com a participação de alguns dos principais nomes da imprensa especializada em seguros.

Conduzido pelo editor executivo da revista Cobertura, Paulo Kato, o encontro aconteceu de maneira remota com transmissão ao vivo pelo canal do Cqcs no YouTube. Formação dos corretores de seguros na pandemia, curso preparatório de agentes autônomos de investimentos, demanda por Previdência Privada e novos cursos da ENS foram alguns dos temas abordados.

Confira a seguir destaques da entrevista, que foi acompanhada por cerca de 140 internautas e pode ser assistida na íntegra neste link.

Kelly Lubiato (Revista Apólice) - Hoje em dia, principalmente diante do contexto da pandemia, muito se fala sobre a necessidade de os corretores atuarem também como consultores financeiros. E a ENS agora também vai oferecer curso de Agente Autônomo de Investimentos. Qual a importância desse curso para que o corretor possa atender de forma holística o consumidor? Este curso irá ajudar a complementar o papel como consultor?

Robert Bittar – Os seguros de Vida e de Pessoas têm potencial enorme de desenvolvimento e crescimento no Brasil. Se olharmos as economias mais maduras, como Estados Unidos, Japão e Europa, o corretor de seguros próspero e bem-sucedido é o que desenvolveu carteira de seguros de Pessoas. Isso significa que o principal ativo do corretor é o relacionamento com seus clientes. Pensando por esse aspecto, os corretores devem enxergar o cliente como um todo e avaliar as oportunidades de negócio que existem com aquele cliente.

Vivemos hoje no Brasil um cenário bastante diferente, em que a redução da taxa Selic impulsionou um crescimento muito grande das aplicações em rendas variáveis, já que a renda fixa está sujeita a perder para a inflação. Então, existem pessoas que tinham dinheiro na poupança ou em alguma aplicação similar e que, de alguma maneira, estão buscando alternativas para ter melhor rentabilidade. Como parte do cotidiano da relação do corretor de seguros com o cliente, por que não oferecer também oportunidades de investimento? O corretor de seguros pode fazer isso e se rentabilizar também.

O agente autônomo de investimento se vincula a uma plataforma de investimento que tem um grau de especialização maior para orientar e prestar consultoria. O que a Fenacor vem fazendo é estimular a categoria dos corretores a ter olhares para outras oportunidades de negócios. Além de trabalhar as diferentes modalidades de coberturas securitárias, poder oferecer outros produtos, dentre eles, os de aplicações financeiras. Nesse processo, a ENS, como formadora de mão de obra para o setor de seguros, estruturou o curso de Agente Autônomo de Investimentos. Ele é preparatório e o profissional que tiver interesse em atuar nesse ramo terá que passar pelo exame promovido pela CVM.

Alexandre Lino (Portal Seguro Notícias) – Recentemente, o Brasil passou pela Reforma da Previdência e o esperado era que isso trouxesse mais ganhos para o corretor de seguros, já que esse é um dos produtos que ele também pode oferecer. Como a Escola está avaliando o desenrolar da Reforma da Previdência e as vendas deste produto neste ano, que foi totalmente atípico e diferente de tudo o que já vivemos?

Esse longo debate sobre a Reforma da Previdência gerou no brasileiro a conscientização de que ele próprio terá que cuidar do seu futuro. Com isso, se abriu um campo muito vasto de oportunidades e o setor de seguros é uma delas. É possível se precaver em relação ao futuro com outros ativos, não necessariamente com a Previdência Privada. Pode haver investimentos por meio de ações, fundos de mercado, imóveis. Os investimentos de renda fixa migraram para diferentes mercados. A Previdência Privada se insere nesta família de produtos financeiros.

É, portanto, uma grande oportunidade para os corretores se inserirem no mercado financeiro. No passado, os corretores deram pouca atenção à Previdência Privada, porque a margem de ganho era muito pequena. Agora, o corretor começa a atentar para isso, buscando retomar aquele espaço que deixou ser ocupado pelo setor bancário. Temos uma diversidade muito grande de ofertas no setor de seguros. Então, na hora de discutir com o segurado o plano de preservação de patrimônio para o futuro, terá como argumento a Previdência Privada, assim como outros produtos que podem ser mais adequados para aquele cliente.

Jorge Clapp (Fenacor) – A pandemia parece ter trazido um novo mundo para a Escola, com a Sala do Futuro e muitos novos cursos. Além do mercado de seguros, a ENS aos poucos vem atraindo profissionais jovens e de outros segmentos econômicos, que procuram atividades novas e compensadoras. Essa visão já prevalece na Escola? A ENS pode avançar além dos limites do mercado de seguros, principalmente para os jovens?

É vital que a Escola avance. A pandemia pegou a todos de surpresa, mas alguns setores estavam mais preparados e outros menos. Para nossa grata surpresa, estávamos plenamente preparados! Já vínhamos investindo em tecnologia há muito tempo para aulas online, que eram cerca de 60% da nossa atividade, mas viraram 100%.

Essa virada já estava nos planos da Escola, dentro do nosso reposicionamento estratégico. Quando mudamos de Escola Nacional de Seguros para Escola de Negócios e Seguros foi uma sinalização de que estamos procurando outros nichos fora do setor de seguros. Já temos aprovação do MEC para o lançamento de quatro novas graduações tecnológicas, entre elas algumas que não estão relacionadas ao setor, como a de Marketing, de Gestão e de Logística.

Estamos em mar aberto e esse desenvolvimento é fundamental. Até porque, no mercado de seguros hoje, devemos ter um universo em torno de 350 a 400 mil profissionais. É um vasto mercado, mas, para o setor de educação, acaba restringindo a nossa atuação. Então, precisamos ir buscar. Além disso, o crescimento do mercado de seguros é um grande estimulador para atrair novos alunos.

Karin Fuchs (Revista Cobertura) - Quais têm sido os principais desafios para os corretores neste ano tão desafiador?

Estamos aceitando esta condição do home office e da interação a distância, mas isso não é parte do cotidiano do corretor de seguros. Nossa interação sempre foi presencial, com uma interlocução direta com o consumidor. Temos que comemorar o fato de a força de venda do corretor ter conseguido a manutenção de praticamente todos os contratos. Vamos fechar o ano com pequeno crescimento, enquanto a maior parte da economia teve decréscimo em 2020. O setor de seguros já recuperou as perdas do período da pandemia.

Mas considero que a prospecção está um pouco prejudicada. Entre os nossos desafios, precisamos procurar formatos de prospecção no online, enquanto o presencial não nos permite, até porque os clientes estão evitando visitas presenciais. O corretor foi massivamente empurrado para o ambiente tecnológico e tem tirado muito proveito. Não só se adaptou para sobreviver como está impulsionando negócios nessas ferramentas.

Portanto, nossos principais desafios estão no novo comportamento da sociedade consumidora e da estrutura de venda. Porque mesmo em um momento posterior, quando tivermos a vacina, aquela normalidade não voltará 100%. Teremos um ambiente híbrido e parte se manterá no ambiente tecnológico.

Ivanildo Sousa (Agência Seg News) - Como está a demanda por cursos para a entrada de novos profissionais no mercado?

Sobre a demanda pela formação de corretores, com o encerramento das atividades presenciais, que tínhamos principalmente nas capitais brasileiras, o primeiro semestre ficou bastante prejudicado. Tivemos que construir uma alternativa para o segundo semestre, no ambiente virtual. E foi uma alternativa com pleno êxito. Criamos o curso intensivo para formação de corretores, o conteúdo programático continua absolutamente o mesmo, assim como a carga horária, porém, de forma mais concentrada. Este curso intensivo cumpre a agenda em cinco meses e foi muito bem aceito. Fizemos o lançamento na transição do semestre e hoje já estamos com 2.800 alunos em fase de formação.

Júlio filho (Revista Seguro em Foco) – Há 30 anos, o mercado de seguros era praticamente outro, se comparado com o atual. Mas foi uma mudança gradual. Em função da pandemia, o mercado está tendo que se adaptar muito rápido. Como você vê o futuro do mercado, o que é preciso fazer para se manter vivo no setor e o que a ENS faz para contribuir com isso?

Para continuar vivo é preciso se manter atualizado. É preciso se permitir a transformação. Não há por quê resistir à necessidade de transformação. A transformação acontece no cotidiano de forma muito dinâmica e rápida. Se o setor se transforma, o profissional precisa se transformar também, e isso é inexorável. A contribuição que a ENS tem dado é exatamente essa. Oferecer produtos que mantenham o profissional atualizado, com uma visão de futuro próximo, para que ele possa se qualificar para sobreviver nesse futuro.

Essa transformação não é assustadora porque ela acontece desde sempre. Em mercado maduros, vemos a força da distribuição, dos corretores de seguros atuando de forma bastante consolidada. No Brasil, temos ainda uma forma pulverizada, e o processo de consolidação será constante.

O mercado de seguros brasileiro está se redesenhando a cada dia e o profissional tem que se atualizar em relação a isso.


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