Executivo Da Bradesco Fala Sobre o Futuro do Seguro Automóvel
O diretor da Bradesco Auto/RE, Ney Dias, foi um dos participantes da quarta parada do CQCS Innovation Latam, que aconteceu no final da tarde de quarta-feira (30).
O evento virtual abordou o seguro de automóveis para as próximas gerações e também conto com a participação de Bill Powers, fundador e CEO da Cambridge Mobile Telematics, empresa de telemetria; Carlos Ricci, Head Motor Solutions & Transactions da Swiss Re, que faz resseguro do seguro Auto em toda a América Latina; e Leonardo Lobo, CIO da Cilia, empresa que atua na administração de sinistros.
Na abertura do evento, Gustavo Dória, do CQCS, contextualizou a temática abordada, explicando que o futuro do seguro de automóvel passa por transformações que ainda não podem ser completamente compreendidas. “Enquanto os jovens estão cada vez mais desprezando o automóvel, com o surgimento da pandemia, o carro se tornou um lugar seguro para sair de casa”.
Ney Dias explanou a respeito da situação desafiadora existente e que atinge diretamente o mercado segurador de automóvel, salientando que nos próximos dez anos haverá muitas mudanças de tecnologia, e que isso oportunizara a Bradesco oferecer aos clientes, corretores e parceiros de negócios uma melhor experiência e uma operação mais qualificada.
“Mas como que esses impactos vão afetar o setor de seguros de veículos? Na América Latina a atuação do crime organizado efetivamente causa muitos efeitos em nosso segmento. Com certeza o uso de tecnologia nos ajudará muito no combate a essa problemática, embora a evolução tecnológica também possa beneficiar os criminosos”, observou o executivo.
Ainda na esfera geográfica latino-americana, o dirigente relembrou que não existe uma conscientização de risco tão grande por parte da população no comparativo com a Europa e os EUA. “Essa área deverá ter um desenvolvimento interessante nos próximos anos. Como que as pessoas se conscientizarão sobre a necessidade de proteção e de compreender o seu risco? Sobre esse aspecto, os corretores procuram educar seus clientes, mas ainda existe muito trabalho a ser feito”.
O elevado número de pessoas que estão trabalhando em home office por causa da quarentena também está modificando hábitos e fazendo com que muitos trabalhadores já prefiram realizar suas atividades profissionais no ambiente residencial. “Várias pessoas pensam até em residir em subúrbios ou cidade menores, o que poderá representar uma mudança bem significativa em vários países da América Latina. Com a diminuição da população ativa dos centros urbanos, fica mais difícil o compartilhamento de veículos”.
Ao falar a respeito das transformações do mercado de seguro auto nas próximas gerações, Dias fez referência a diversos aspectos como a telemática, a evolução da autonomia dos veículos e a utilização da tecnologia 5G nas áreas rurais. “Essa evolução tecnológica exigirá investimento governamental pesado, mas sabemos que o poder público apresenta uma capacidade limitada para investir em infra-estrutura urbana e de tráfego para ser um ambiente mais propício para os veículos autônomos”.
Durante a atividade o convidado ressaltou que no seguro auto a cobertura abrangente completa continua sendo preponderante no mercado. Ainda foi destacada a importância do papel desempenhado pelo corretor de seguros, que além de ser o responsável pela grande maioria das vendas também auxilia os clientes quando acontece o sinistro.
Dias também fez referências a Lei Geral de Proteção de Dados, observando que ela representa uma mudança enorme que está acontecendo no mundo inteiro: “com a LGPD haverá limitação dos dados disponíveis que poderão ser usados e isso terá um impacto relevante para o setor, pois poderá modificar a forma como as apólices serão oferecidas no futuro”. Ele ainda destacou o crescimento das assistências 24 horas nas apólices, que têm apresentado avanços oferecendo serviços que proporcionam comodidade aos consumidores.
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