Custos, regulação e ESG devem mobilizar seguradoras em 2026, diz KPMG
Entre as seguradoras brasileiras, 78% pretendem reduzir custos, em pelo menos, 10% até 2030, segundo estudo realizado pela KPMG. De acordo com o sócio-líder do segmento de seguros da KPMG no Brasil, André Rocha, a contenção de despesas segue como uma tendência para o próximo ano.
“O setor de seguros continuará buscando alternativas para driblar a alta das taxas de juros e da inflação. Estes desafios impactam os negócios de diversas regiões do país, porém, os obstáculos servem como um incentivo para que as seguradoras inovem. Elas estão transformando os modelos atuais com base no aperfeiçoamento da experiência do cliente, produtos e serviços personalizados e estratégias de crescimento sustentável e lucrativo para ter destaque em 2026”, analisa.
De acordo com o sócio, outros temas podem movimentar o setor no próximo ano, entre eles, estão os seguintes: a agenda da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, destacando os requerimentos ESG a serem observados pelas companhias e a lei 15.040 que estabelece o novo marco legal dos contratos de seguro no Brasil.
“Além do marco regulatório para o setor de seguros, que terá o objetivo de clarificar as obrigações e as relações do cliente com fornecedor no contrato, mirando a competitividade, transparência e fomento dos negócios, é importante que as empresas fiquem atentas ao Open Insurance que pode gerar novos negócios no futuro. Esse ecossistema permitirá que os consumidores de produtos e serviços de seguros, previdência complementar aberta e capitalização compartilhem dados entre as instituições credenciadas, o que fomenta o mercado”, explica.
Outro segmento que poderá movimentar o mercado de seguros no país, de acordo com Rocha, são Associações de Proteção Patrimonial Mutualista, objeto de consulta pública recente. Com mais de três mil associações no Brasil, esse mercado ao migrar ao mercado formal de seguros poderá contribuir significativamente com o aumento da participação do mercado segurador no Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Seguros e ESG:
O sócio também comenta sobre os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG), que podem direcionar as estratégias do setor de seguros devido às mudanças climáticas.
“Durante a COP30, as grandes seguradoras globais debateram sobre como trazer o tema impacto climático para o setor de seguros com o objetivo de prover mais proteção e gerar estratégias de negócio mais sustentáveis. Após o evento, o assunto segue no radar das empresas. Dos danos ambientais que ocorreram na região Sul do país nos últimos anos, estimasse que menos de 10% dos imóveis estivessem protegidos por seguros. Há uma grande parte do mercado para ser atendida, e quem conseguir criar produtos coerentes com a realidade da sociedade poderá ter resultados diferenciados nos próximos anos”, conclui.
Sobre a KPMG
A KPMG é uma rede global de firmas independentes que presta serviços profissionais de auditoria, tributos e consultoria. Está presente em 142 países e territórios, com 275 mil profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são mais de cinco mil profissionais, distribuídos em 15 cidades de 10 estados e do Distrito Federal.
Orientada pelo seu propósito de empoderar a mudança, a KPMG é uma empresa referência no segmento em que atua. Compartilha valor e inspira confiança no mercado e nas comunidades há mais de 100 anos, transformando pessoas e empresas e gerando impactos positivos que contribuem para a realização de transições sustentáveis em clientes, governos e sociedade civil.
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