A notícia terrível é que o período de quarentena em todo o país poderá comprometer a sobrevivência de mais empresas, provocando uma queda acentuada na quantidade de mão-de-obra empregada.

As estatísticas tradicionais do Sebrae estão tomando outro viés com a pandemia. Historicamente, 50% das empresas não atingem o quinto ano de vida. Essa porcentagem poderá ser ainda maior pelos próximos anos, como reflexo da quase paralisação de vários setores da economia. E dessa vez o aumento do índice de falências não terá tido como causa situações recorrentes como...

1- Falta de planejamento prévio
2- Falha na gestão empresarial
3- Comportamento inadequado do empreendedor

Está sacramentado que a queda vertical no número de clientes comprando bens e produtos desde março está elevando a mortandade de empresas. Aquelas que persistem, estão acumulando prejuízos e aumentando o endividamento. Não há necessidade de análises mais profundas para entender as estatísticas do Sebrae hoje e as que virão pela frente.

Como prolongar a sobrevivência das empresas no mercado ou reduzir perdas, em caso de persistência do recolhimento generalizado?
As boas práticas de gestão, em regime de ¨guerra¨, dizem que:

- Conter custos é fundamental, eliminando toda estrutura desnecessária e evitando novos gastos e investimentos;
- Negociar com fornecedores prazos maiores ou descontos é uma forma de não descapitalizar a empresa;
- No caso de bens e serviços, manter a equipe de vendas ativa se relacionando-se com os clientes e prospectando novos nichos e mercado.

Em algum momento, em breve, o mercado iniciará a retomada, com a decretação do fim total ou parcial do recolhimento. Quem tiver feito o seu dever de forma apropriada, sobretudo em relação aos processos de vendas, terá condição de arrancar na frente a concorrência.

As MPEs nem sempre contam com um quadro de colaboradores de ótima formação, nem tampouco com executivos com pós e MBA, para planejarem soluções oportunas e necessárias – como ocorre com os grandes negócios. Mas terão que encontrar maneiras de concluir a travessia de ponte que estão vivendo no momento, sem o risco de cair no precipício durante a jornada conhecida como pandemia.

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O autor é coach empresarial e consultor de vendas.
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