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21% dos trabalhadores não chegaram a tempo no trabalho por conta das chuvas em São Paulo

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Beatriz Candido Di Paolo
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Dificuldades de deslocamento até o trabalho prejudicam presença de colaboradores nesta segunda-feira (10) segundo especialistas em controle de ponto

Na região sudeste, o impacto das chuvas no começo do ano é gritante. Em São Paulo, as enchentes são frequentes em vários pontos e ruas e a forte tempestade que se deu na madrugada do dia 10 provocou alagamentos em várias regiões da cidade, bloqueando vias de acesso à capital.

Todas as regiões da cidade ficaram em estado de alerta, principalmente na Zona Oeste, que foi a mais afetada. As marginais Tietê e Pinheiros tiveram pontos intransitáveis por conta do alagamento e a circulação do transporte público ficou comprometida em toda a capital.

O Corpo de Bombeiros registrou 546 acionamentos por enchentes, 97 quedas de árvores e 88 desabamentos/desmoronamentos entre a meia-noite às 11h30. A estimativa da defesa civil é que na madrugada do dia 10 tenha chovido 50% do esperado para todo o mês de fevereiro.

A Secretaria Municipal de Transportes suspendeu o rodízio de veículos em São Paulo na segunda-feira (10), mas a Prefeitura de São Paulo notificou que as regras para a Zona Azul (estacionamento rotativo) continuaram vigorando. A prefeitura ainda informou que a cidade tinha 76 pontos de alagamento, sendo que 89% destes eram intransitáveis.

Nesse cenário de caos na cidade de São Paulo, muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para se deslocar até o trabalho. O transporte público ficou extremamente comprometido por conta das chuvas, o que causou muitos atrasos e até mesmo faltas no trabalho.

A linha 9-Esmeralda da CPTM teve sua circulação interrompida entre as estações Osasco e Santo Amaro devido aos alagamentos. A operação dos ônibus metropolitanos também apresentou dificuldades de circulação dos veículos, causando atrasos por causa das vias alagadas.

“A média de horários em que os colaboradores da cidade de São Paulo bateram ponto nas últimas 3 segundas-feiras foi 8:19 da manhã. Nesta segunda-feira, dia 10, os pontos foram registrados, em média, quase 17 minutos mais tarde, às 8:35”, analisa Tímor Espallargas, CEO da mywork, startup de controle de ponto online. “Avaliamos que 21% dos trabalhadores que deveriam ter batido ponto ontem não o fizeram, e isso é um reflexo claro das complicações causadas pela chuva. Afinal, muitos não conseguiram chegar ao local de trabalho devido aos alagamentos e problemas no transporte”, acrescenta o empresário.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade de São Paulo registrou o segundo maior volume de chuva em 24 horas no mês de fevereiro dos últimos 77 anos, o que deixou todas as regiões da capital em estado de atenção para alagamentos.

O alagamento nas avenidas marginais da cidade de São Paulo afetam ainda a operação de grandes varejistas, que estimam um prejuízo de R$ 110 milhões por conta das complicações causadas pela chuva. Essa estimativa considera setores sensíveis à “compra por impulso”, como vendas de supermercados, farmácias, joalherias, etc.

Várias redes com unidades espalhadas pela Marginal Tietê e Pinheiros ampliaram os prazos de entregas de produtos na cidade, e muitas operaram com funcionamento parcial ou com menos funcionários.

Muitos trabalhadores que chegam atrasados ou não conseguem comparecer ao serviço se preocupam com a possibilidade de desconto das horas não trabalhadas. De fato, as leis trabalhistas não preveem abono de faltas e atrasos por motivos de força maior, como no caso das enchentes que ocorreram na capital.

As faltas justificadas previstas por lei ocorrem em casos de falecimentos na família, vestibular, serviço militar, casamento, etc. Fora casos como esses, as jornadas de trabalho devem continuar sendo cumpridas.

No entanto, em situações de caos público como o ocorrido na segunda-feira (10), o bom senso e compreensão dos empregadores costumam prevalecer. É comum que muitas empresas avaliem a possibilidade dos empregados façam home office ou, então, de compensarem as horas ausentes durante a semana ou aos sábados

“Há casos em que os empregadores não dão o braço a torcer. Mesmo com o estado de alerta da cidade, os colaboradores são parte fundamental dos negócios, por isso as ausências são tão prejudiciais.” comenta Thomas Carlsen, COO da mywork. “Em casos como esses é importante que o colaborador reúna provas para justificar sua ausência, como fotos e notícias, ou até mesmo verifique se há alguma cláusula em seu contrato de trabalho ou na política interna da empresa que preveja situações como a dos alagamentos na capital”, acrescenta o executivo.

Caso o empregado tenha provas de que não era possível se deslocar até a empresa e ainda assim os empregadores realizarem o desconto no pagamento, a relação entre as partes pode ficar fragilizada, o que pode resultar em processos trabalhistas e outras indenizações na Justiça do Trabalho. Os descontos em folha de pagamento podem até mesmo serem adicionados em passivos trabalhistas.

Por isso é interessante que as empresas estabeleçam políticas internas e regras que antecipem esse tipo de situação no dia a dia de trabalho. No caso de organizações que não podem arcar com faltas relacionadas à dificuldades de locomoção e acesso ao local de trabalho, vale avaliar a possibilidade de mudar o raio de contratação de funcionários, para que apenas profissionais que residam perto do local de trabalho sejam admitidos.

Outra medida que pode ser alinhada junto ao departamento pessoal da empresa é adotar jornadas de trabalho flexíveis, nas quais os colaboradores possam bater ponto em diferentes horários ou até mesmo enquanto fazem home office, através de aplicativos de controle de ponto online.

Medidas como essas são importantes para dar uma segurança ao colaborador e para que não haja problemas maiores do que a impossibilidade de deslocamento até o local de trabalho.


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