Transformação digital demanda por 100 mil profissionais qualificados por ano no Brasil

Embora o senso comum leve a acreditar que a máquina vai substituir o homem, os três países com maior uso de robôs em relação à força de trabalho no mundo, apresentam também os menores índices de desemprego: Coreia do Sul, Cingapura e Japão, onde há elevados índices de qualificação. Isso aponta para o desafio da tecnologia no Brasil, considerando que até 2024, cerca de 400 mil empregos nesta área serão criados, no entanto, quase a metade não será preenchida, segundo levantamento da Gyntec Academy, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Goiás (Assespro-GO) e da Softex. Hoje, no Brasil, somente 46 mil pessoas com perfil tecnológico se formam por ano, segundo as instituições.

Para preparar os goianos para essa realidade e colocar o Estado no cenário nacional da transformação digital, chega em Goiânia nesta segunda, 10 de fevereiro, a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), através da Gyntec Academy e da Assespro-GO, com apoio da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio). O lançamento está agendado para 15h, na sede do Hub Gyntec com a presença do vice-presidente da Softex, Diones Lima.

A Softex já beneficiou mais de seis mil empresas por todo o País com suas ações de promoção à competitividade por meio de formação em tecnologias disruptivas como Internet das Coisas (IoT), edge computing, blockchain e Indústria 4.0. Agora, chega a capital goiana acreditando na perspectiva de crescimento do ecossistema goiano. A Gyntec Academy sediará os programas e treinamentos da Softex, que serão voltados não somente para o empreendedor, mas também para a formação e qualificação de times nas empresas. Os cursos serão ministrados em parceria Fecomércio. Parte da grade será gratuita.

“A transformação digital está apenas começando e Goiás está inserido nesse contexto com o crescimento das startups. É preciso investir em qualificação de mão de obra e na cultura tecnológica desde a base dos estudos. Tecnologia não é o futuro, mas o presente!”, frisa co-founder do Gyntec, Marcos Bernardo.

Robôs não são a causa do desemprego

Na Coreia do Sul, um dos países mais robotizados no mundo, com 531 robôs para cada 10 mil trabalhadores, a taxa de desemprego é de 3,5%, Cingapura, com 398 a cada 10 mil, tem taxa de desemprego de 2,2; e no Japão, com 305 por 10 mil, a taxa de desemprego é de 3,1. Os dados são da Federação Internacional de Robótica e foram divulgados pelo jornal O Estadão. O Brasil, com uma taxa inversamente proporcional, tem 10 robôs para 10 mil habitantes, e uma taxa de desemprego de 11,6%.

Softex

A Associação é uma Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos com sede em Brasília. Recentemente, o Ministério da Ciência e Tecnologia alocou R$ 22 milhões em um programa gerido pela Softex para preparo pessoas para as novas tecnologias. A entidade coordena o “Sistema Softex”, que beneficia mais de 6 mil empresas em todo o território nacional por meio de uma rede formada por 23 agentes regionais distribuídos por 13 estados brasileiros e no Distrito Federal, que trabalham em articulação com a iniciativa privada e com os governos estaduais e municipais, centros acadêmicos e instituições de fomento.

SERVIÇO:
Lançamento da Softex, em Goiânia
Data: 10 de fevereiro (segunda-feira)
Horário: 15h
Local: Hub Gyntec (Av. Pedro Paulo de Souza, 3 - St. Goiânia 2)
Evento gratuito