Feliz Ano Novo Carteira de Automóvel
Já em agosto de 2016, falávamos que o ano seria tão difícil quanto 2015. E agora para 2020 repito os mesmos argumentos. Só não atualizei os números, acho que serão piores.
Neste ano de consolidação das dificuldades de operacionalizar o produto automóvel, garantindo lucratividade, oferecemos aos Amigos e Clientes do mercado as considerações abaixo.
Numa amostra de 268.309 vistorias realizadas, tivemos 88,30% transmitidas como aceitáveis, mesmo que com algumas avarias, respeitando o critério de cada sociedade; 3,47% encaminhamos sujeitas à analise e, finalmente, 8,23% seguiram como recusável.
Todavia, em pré-avarias, sem contar os casos graves, mas somente os danos suscetíveis de reparos em peças visíveis, tivemos o seguinte comportamento, 319.033 peças sujeitas a troca ou reparos, sendo que 91,67% se referem a: faróis, lanternas, laterais, portas, pára-lamas, pára-choques e tampas, e vamos utilizar o valor de R$ 250,00 como média de custo para a troca.
Quantidade de horas para reparos apuradas na amostra: 1.012.700. Neste capítulo, vamos utilizar o valor de R$ 40,00, que é menos da metade do que o sindicato das reparadoras sugere.
Macro orçamento de pré-avarias:
319.033 peças a R$ 250,00 ----------------------------------------------------------R$ 79.758.250,00.
1.012.700 horas a R$ 40,00 -----------------------------------------------------------R$ 40.508.000.00.
Soma ---------------------------------------------------------------------------------- --R$ 120.266.250.00.
Expectativa de receita:
268.309 veículos ao premio médio de R$ 2.200,00 = ------------------------------R$ 590.279.800,00.
Coeficiente sinistro prêmio de 20,37%. na aceitação
Utilizando o recurso da regra de três, sabendo por oitiva que as seguradoras estão vistoriando 20% do que aceitam, chegamos ao total de 1.341.545 unidades aceitas pelo mercado, sendo as por nós vistoriadas com as pré-avarias acima e as demais aceitações, por projeção estatística devem ter no mínimo a mesma configuração. Em dez anos essas unidades circularam entre as sociedades nas renovações anuais com isenção de vistoria.
Parece que estamos advogando em causa própria, contudo não fomos nós que inventamos a vistoria prévia, e sim a Sul America, ha mais de meio século atrás, cansada de propor alterar a tarifa única para incluir riscos não cobertos ou excluídos, franquias obrigatórias e facultativas, como forma de evitar aumentar o preço e afugentar os clientes, mantendo é claro a satisfação do acionista com o lucro do negócio. Em breve período a Cia. percebeu que não adiantavam essas alterações, pois ficou claro o excessivo efeito das fraudes no resultado da carteira com aceitações já viciadas com sinistros de toda monta. Foi descoberta aí a necessidade de investir no controle e a Cia. foi a primeira a ter equipe própria de vistoria previa. Isso salvou a operação. Hoje estamos vendo cabeças brilhantes apostarem em vistoria eletrônica, filtros etc para aceitar sem o custo da vistoria que auto se paga nas demonstrações acima.
Na amostra, 73,9% das unidades tem até R$ 55.000,00 de valor de mercado e parece sensato utilizar R$ 27.500,00 para estimar os casos recusáveis ( 8,23%) ou 22.082 unidades que resultam numa certeza de perdas na faixa de R$ 607.255.000,00 ( seiscentos e sete milhões, duzentos e cinquenta e cinco mil reais).
A pergunta final para se procurar a resposta é: Filtro ou vistoria eletrônica vão apurar essas perdas e livrar o sistema delas?
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