Área da Saúde se reinventa e chama atenção de especialistas

A tendência é de valorização para os próximos anos, especialmente quando as funções envolvem relacionamento humano e tecnologia

Escolher o curso perfeito, a pós-graduação para dar aquele upgrade na carreira ou mesmo uma segunda graduação. Questões como essas, vez ou outra, inundam a mente de quem busca se desenvolver profissionalmente, causando ansiedade e insegurança quanto à melhor escolha a ser feita.

Pensando em facilitar este processo, um time de especialistas em educação superior preparou um checklist poderoso. Com este passo a passo é possível tomar decisões com mais segurança e, quem sabe, dar aquele salto ainda em 2019. Ao todo, sete pontos que precisam ser observados foram listados de forma prática e direta. O quinto ponto, segundo esses pesquisadores, é imprescindível para qualquer carreira. “Mas todos têm um papel muito importante”, reforçam.

Abaixo, seguem os fatores decisivos para a seleção de um curso superior, especialmente na área da saúde, já que é um dos setores mais promissores para os próximos anos.

1 - Inclinação

Algumas pessoas chamam de talento, dom, vocação, paixão, interesse ou simplesmente de inclinação para realizar algo. A verdade é que este fator acaba pesando muito na hora da escolha da profissão, ou de aprimorar uma habilidade já adquirida. Antes de bater o martelo, o mais adequado é considerar quais são as atividades que o futuro estudante gosta de estar envolvido, quais profissionais mais admira e como deseja contribuir para um mundo melhor.

2 - Mercado

Outro quesito que deve estar no radar é se o mercado precisa de mais profissionais no setor em que se pretende atuar. A área da saúde e bem estar, por exemplo, é uma das mais promissoras, de acordo com levantamento feito pelas empresas de recrutamento Michael Page, Robert Half, Page Personnel e Catho. No estudo realizado, os salários para 2019 nesse segmento, sem incluir medicina, giram em torno de R$ 4 mil a R$ 7 mil. “E a tendência é de valorização para os próximos anos, especialmente quando as funções envolvem relacionamento humano e tecnologia”, afirma Thiago Rocha, vice-diretor de Inovação da Faculdade União de Goyazes, instituição do Centro-Oeste especializada em saúde.

Outro fator importante é quanto à disponibilidade de vagas de estágio, para que o estudante ganhe confiança e experiência. “Aqui na faculdade oferecemos diversas maneiras dos alunos experimentarem algo que irão vivenciar no dia a dia como profissionais. Eles realizam atendimentos em nossas clínicas, em empresas já consolidadas no mercado, em ações sociais que promovemos e em projetos de extensão”, destaca Hélio Pinheiro, coordenador de estágio.

3 - Estrutura

Quando se trata de adquirir novos conhecimentos com foco em alta performance, um dos pré-requisitos é ter à disposição uma estrutura capaz de consolidar o processo de aprendizagem. Aluna do 8º período de Nutrição da União de Goyazes, Ádria Joice conta alguns fatores que pesaram na hora de escolher a instituição. “Os laboratórios são muito bons, os professores excelentes, pois todos da minha área são mestres ou doutores, e ainda tivemos boas oportunidades de estágio durante o curso, que eu soube que é um dos melhores de Goiás entre as faculdades particulares. Isto foi fundamental pra mim.”

Segundo informações da própria faculdade, hoje há 26 laboratórios e 5 clínicas escola. A instituição ainda conta com sala de estudos com projeções em terceira dimensão e uma sala de novas tecnologias para realização de projetos acadêmicos em cenário de realidade virtual, aumentada e mista. Os alunos desenvolvem, inclusive, próteses em uma impressora 3D para animais amputados e análises anatômicas.

4 - Time engajado

Outro ponto destacado pelos especialistas é que alunos que desenvolvem habilidades acompanhados de professores capacitados diminuem consideravelmente a curva de aprendizado. Mas o que isso quer dizer exatamente? Simplesmente que o estudante irá aprender mais rápido e de maneira mais inteligente.

Conviver também com professores que possuem experiência real de mercado pode fazer toda diferença. “Nas nossas formações buscamos sempre o equilíbrio. Contamos com um quadro expressivo de doutores, mestres e especialistas que unem o conhecimento como pesquisadores às boas práticas de mercado, o que faz com que nosso aluno esteja sempre um passo à frente”, frisa Benigno Rocha, diretor acadêmico da União de Goyazes.

5 - Prática

Há alguns fatores com poder de transformação na carreira profissional, e a experiência é um deles. Para alunos de pós-graduação, por exemplo, o ideal é que se aplique os ensinamentos absorvidos já na rotina de trabalho e utilize os professores como verdadeiros mentores. Para aqueles com a veia mais empreendedora, também é a hora perfeita de absorver boas práticas de mercado, oportunidades de parcerias e desenvolvimento de ideias de negócio.

6 - Localidade

Com problemas cada vez mais complexos de mobilidade nas cidades, o fator localidade ganhou destaque na análise do time de especialistas. Aliado a esse quesito, eles apontam o custo de vida como algo determinante, já que alguns jovens decidem se mudar para estudar em determinada faculdade por este motivo. “Hoje, por exemplo, temos um cenário muito favorável para nossos alunos, já que estamos a 20 minutos da capital, em uma via de acesso rápido (GO-060) e em um município que pratica preços acessíveis no comércio”, ressalta o professor Hélio Pinheiro.

7 - Investimento

Outra sugestão que impacta diretamente o bolso é garantir que todas as contas foram feitas antes de se fechar o contrato. A diferença no valor da mensalidade das instituições no Brasil pode variar em média 300% para o mesmo curso. Outro fator é quanto ao tempo de retorno sobre o investimento. Fazendo uma conta simples, se um profissional de saúde graduado recebe entre R$ 4 mil e R$ 7 mil e seu aporte mínimo total estimado para se formar é de R$ 25 mil (somando todas as mensalidades), é provável que em menos de um ano ele recupere o valor investido.

Para deixar esse cenário ainda mais favorável, a dica é buscar a possibilidade de conseguir uma bolsa de estudos, mesmo que parcial. Isto geralmente é oferecido a alunos com boas notas, que mantém a mensalidade em dias e que se envolvem em práticas e projetos acadêmicos.