Carnaval de Salvador x Seguro

No caso específico do carnaval de Salvador com o surgimento da Fobica, criado por Dodô e Osmar, que nada mais era do que um veículo tipo “calhambeque”, onde realizavam as suas apresentações musicais, e logo em seguida o famoso e atual “trio elétrico” que hoje popularizou-se em todo o país com apresentações de toda natureza e sempre com cantores famosos .

Obviamente que os organizadores desse famoso carnaval sentiram a necessidade de maior proteção nos circuitos espalhados pela cidade e região metropolitana, não só para seus associados nos desfiles de bloco, músicos, pessoal de apoio, camarotes, instalação, montagem, desmontagem e fornecimento de alimentos, como principalmente para os milhares de foliões brasileiros e estrangeiros que participam desse megaevento mundial. Daí que, analisando as questões de segurança e de riscos se despertou para um seguro que até então não era tão requisitado do ramo de Responsabilidade Civil.

No caso específico temos produto voltado para os eventos em geral, onde denomina-se de seguro de Responsabilidade Civil para Eventos em Geral, que garante basicamente os danos corporais, materiais e morais causados a terceiros. Esse produto atua como proteção aos organizadores dos eventos e às possíveis vítimas de acidentes que impliquem em perdas de natureza corporal ou material e, assim, possa mitigar desembolsos para pagamento de indenizações por falta de um seguro adequado.

O carnaval apresenta um leque de situações críticas das ladeiras e becos e representando dessa forma em alguns casos como de alto risco, a exemplo incêndios, atropelos de foliões, brigas, obstrução dos circuitos, desabamento de camarotes, queda de fios elétricos de alta voltagem provocados principalmente pelos trios elétricos e por gambiarras, além de tumultos e outros eventos. Outro grande risco a analisar, e talvez o mais importante, diz respeito justamente ao desfile dos blocos e afoxés que com seus “cordeiros” – pessoas que seguram as cordas para isolamento do bloco e mais os foliões, denominados de “pipoca”, além das barracas para venda de produtos carnavalescos em geral, bebidas e comestíveis que são oferecidos principalmente nos famosos e seletivos camarotes instalados no circuito.

Como se vê, todas as oportunidades para o corretor expandir a sua carteira, identificando empresas que operam no segmento de eventos em geral e todos os envolvidos nesse processo. Portanto, corretores e seguradores, mãos à obra e aproveitem o momento. O cenário se mostra favorável, crescente e tudo isso se reflete em grandes oportunidades para se veicular e efetivar bons seguros desse segmento.

Graduado em Gestão de Seguros pela Unifacs, o executivo é especializado em ramos elementares, é Professor Titular da Escola Nacional de Seguros, onde ministrou aulas este ano em duas turmas no ramo Automóveis, RCF (cobertura por danos materiais), APP (Acidente Pessoal por Passageiro) e DPVAT.
É colunista especializado em Seguros da Revista Cadê o Síndico e tem um blog de interação para o mercado, que é o www.uzedaconsultordeseguros.blogspot.com