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As telas são as novas chupetas dos bebês e das crianças?

  • Quarta, 14 Mai 2025 18:26
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Amanda Galdino
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Ilustração Pauta

Cenas de crianças pequenas entretidas por celulares e tablets se tornaram cada vez mais comuns, seja em restaurantes, salas de espera ou até no berço. A praticidade da tecnologia, muitas vezes usada como forma de acalmar ou distrair os bebês e as crianças, tem levantado um importante alerta entre educadores e especialistas em desenvolvimento infantil: estariam as telas assumindo o papel de uma nova “chupeta digital”?

Para Rogéria Sprone, especialista em Ensino e Educação, com mais de 30 anos de experiência na área e atual diretora pedagógica do Colégio Joseense, em São José dos Campos/SP, a metáfora e válida. “A tela pode acalmar momentaneamente, mas não ensina a criança a regular emoções, lidar com as frustrações ou construir relações. Quando usada como substituto do afeto ou do contato humano, podemos ter um comprometimento dos aspectos fundamentais do desenvolvimento neurológico e emocional”.

A neurociência tem mostrado que os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento das conexões neurais, especialmente nas áreas ligadas à linguagem, cognição e habilidades socioemocionais. Experiências concretas, como o contato visual, o toque, a fala e o brincar, ativam múltiplas áreas do cérebro e promovem o amadurecimento saudável das funções executivas, capacidades que envolvem atenção, memória de trabalho e autorregulação.

“O uso excessivo de telas, principalmente antes dos 2 anos de idade, reduz significativamente o tempo dessas experiências essenciais. A criança que passa horas exposta a estímulos passivos e hiperestimulantes tem menos oportunidades de desenvolver empatia, pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas”, explica Rogéria, que também é especialista em psicopedagogia e neuroaprendizagem.

Estudos da Academia Americana de Pediatria (AAP) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam evitar completamente o uso de telas para crianças menores de 2 anos, e limitar a exposição para as maiores, sempre com supervisão e intenção educativa. No entanto, segundo a educadora, a realidade ainda está longe dessa diretriz. “Vivemos uma naturalização da tela como solução fácil para o tédio, o choro e a agitação, quando, na verdade, isso deveria ser sinal de atenção e não de distração automática.”

A pergunta não é apenas se as telas estão ocupando o lugar da chupeta, mas o que estamos deixando de oferecer em troca. Precisamos formar crianças emocionalmente fortes, e isso exige presença, escuta e tempo de qualidade.


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