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Otorrinolaringologista alerta sobre causas e tratamentos da disfagia

  • Terça, 25 Março 2025 18:35
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Doença é caracterizada pela dificuldade de engolir alimentos e líquidos e afeta grande parcela da população brasileira

A disfagia é uma condição caracterizada pela dificuldade de engolir alimentos, líquidos, saliva ou medicamentos, e tem se tornado um problema crescente na saúde pública, especialmente devido ao envelhecimento da população. Estudos revelam que entre 16% e 22% das pessoas com mais de 50 anos no Brasil apresentam algum grau de disfagia, e essa porcentagem aumenta conforme o aumento da idade.

A condição pode afetar gravemente a qualidade de vida dos pacientes, gerando impactos físicos e emocionais. A otorrinolaringologista Luciana Fernandes Costa, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL CCF), destaca que a disfagia impacta diretamente o prazer envolvido no ato de se alimentar-se, já que comer é uma atividade social importante. “É uma doença que pode levar ao isolamento social, visto que o ato de se alimentar torna-se difícil e, por vezes, constrangedor." A médica também alerta que, se não tratada, a doença pode afetar o estado nutricional do paciente, resultando em emagrecimento e, em casos extremos, desnutrição .

Os sintomas da doença variam conforme a causa subjacente, mas entre os mais comuns estão a sensação de alimento preso na garganta ou no peito, tosse ou engasgos durante ou após a deglutição, dor ao engolir, regurgitação de alimentos ou líquidos e perda de peso inexplicada. A aspiração de alimentos ou líquidos para os pulmões pode causar pneumonia, enquanto a dificuldade respiratória durante as refeições pode gerar um aumento da ansiedade e do estresse.

“É essencial que os pacientes busquem atendimento médico assim que perceber qualquer sintoma de disfagia. Se houver dificuldade persistente para engolir, tosse frequente durante as refeições, dor, perda de peso inexplicada ou rouquidão persistente, é fundamental procurar orientação médica", orienta Dra. Luciana.

Pacientes com histórico de infecções pulmonares recorrentes ou pneumonia por aspiração também devem ficar alertas. Além disso, a especialista ressalta que condições clínicas, como doenças na região da cabeça e pescoço, tumores e doenças neurológicas e musculares, estão frequentemente associadas à disfagia. O envelhecimento também é um fator relevante, pois com a idade o processo de deglutição pode se tornar mais desafiador.

Embora a disfagia seja uma condição séria, existem estratégias de prevenção. “Bons hábitos alimentares funcionam como medidas preventivas eficazes, como se alimentar sentado, com a cabeça levemente inclinada para a frente, e evitar distrações durante as refeições, como o uso de celulares ou assistindo à TV”, destaca a especialista. A médica destaca, ainda, que manter uma boa higiene oral e cuidar da dentição também é essencial, pois dentes saudáveis facilitam o processo de mastigação e ajudam a prevenir infecções. Vale ressaltar que, para pacientes com doenças que aumentam o risco de disfagia, o acompanhamento médico precoce pode ser fundamental para mitigar os sintomas antes mesmo que se manifestem.

A especialista ressalta que o tratamento para disfagia deve ser personalizado e adaptado conforme a causa e a gravidade da condição, dentre eles:

- Mudanças na dieta: Alterações na consistência dos alimentos, como alimentos mais amolecidos, pastosos, líquidos espessados, podem ser recomendadas junto a uma adaptação dos utensílios utilizados para alimentação, por exemplo utilizando talheres de menor tamanho ou canudos para facilitar os processos envolvidos na alimentação. Nesse item ainda incluímos a manutenção do aporte calórico e proteico adequado aos pacientes, mesmo com uma dieta adaptada em consistência.

- Vias alternativas de alimentação: Sondas ou a gastrostomia podem ser utilizadas em casos mais graves para garantir a hidratação e a alimentação.

- Terapia de deglutição: Os fonoaudiólogos, nossos parceiros no cuidado, podem promover a reabilitação através de exercícios e terapias específicas. Além de orientar manobras que podem ser úteis para facilitar a deglutição.

- Medicamentos: Tanto para o manejo da doença de base quanto no ajuste da saliva quando em excesso.

- Tratamento cirúrgico: destinado aos pacientes com doenças específicas, no geral com maior impacto da disfagia na saúde global.

A conscientização sobre a disfagia é essencial para permitir um diagnóstico precoce e a escolha do tratamento mais adequado, garantindo melhores resultados e uma maior qualidade de vida aos pacientes. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar complicações graves, como desnutrição e infecções pulmonares, além de ajudar na escolha do tratamento mais eficaz.

Sobre a ABORL-CCF

Com mais de 70 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país.


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