Dia do rim: 10 milhões de pessoas têm doenças renais no Brasil
Fatores de risco estão relacionados sobretudo a hábitos de vida, doenças crônicas. Infecção por covid-19 também afeta de forma grave os rins
No Dia Mundial do Rim, comemorado no dia 10 de março, a Rede Americas chama a atenção para as doenças renais, que acometem mais de 10 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, e tem como principais fatores de risco doenças crônicas como diabetes e da hipertensão, hábitos de vida, casos genéticos e até mesmo a infecção pelo vírus SARS-CoV-2.
De acordo com o nefrologista do Hospital Pró-Cardíaco, Dr. João Luiz Ferreira Costa, hábitos saudáveis ajudam na prevenção. “O rim é protegido quando se faz uma opção por não fumar, ter uma alimentação rica em alimentos saudáveis, diminuir o consumo de sal, evitar alimentos ultra processados, manter uma rotina de exercícios físicos, não tomar medicamentos sem a indicação do médico, beber muita água e ingerir bebida alcoólica com moderação”, explica.
O nefrologista aponta que é muito importante cuidar preventivamente do diabetes mellitus e das doenças cardíacas, mantendo-as totalmente controladas. Além disso é preciso dosar creatinina e microalbuminúrica sob orientação do médico.
A doença renal pode ser silenciosa, mas há casos em podem ser observados alguns sintomas. Os sinais mais conhecidos são: hipertensão arterial, urina com sangue, urina com espuma (presença de proteínas na urina), edemas, eliminação de urina muito clara, palidez, cansaço, dor no peito e sonolência. Nos casos mais graves pode haver perda do apetite, náuseas, vômitos, cãibras, coceira, perda de memória, falta de concentração, tremores, insônia ou sonolência.
Covid-19 afeta os rins com gravidade
Os rins são os órgãos mais afetados na infecção pelo coronavírus, depois dos pulmões. Quase metade dos pacientes internados com Covid-19 apresenta algum tipo de lesão renal. Este foi o caso de João Mário, 39 anos, que sempre praticou esportes, mantém uma rotina de alimentação saudável, não apresenta nenhuma comorbidade, ou seja, fora do grupo de risco para casos graves da doença.
Em agosto de 2020, ele foi internado o Hospital Pró-Cardíaco para tratar a doença que se agravou. Foram 100 dias internado, 35 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 22 deles em Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês). “Meu rim parou por completo e precisei fazer hemodiálise tanto quando estava na UTI, quanto depois que fui para o quarto, mas depois de um tempo consegui urinar até não ser mais necessário o uso da máquina, e saí do hospital em novembro com o rim recuperado”, conta.
De acordo com o Dr. João Luiz Ferreira, casos como os de João acontecem, pois quando uma pessoa é infectada, o novo coronavírus precisa interagir com a enzima chamada “conversora de angiotensina 2” (ACE2, na sigla em inglês). Ela permite que o vírus entre nas células humanas e dê início ao processo de replicação, que é fundamental para o processo de infecção. Com o comprometimento das funções da enzima ACE2 o fluxo sanguíneo fica reduzido e, consecutivamente a capacidade de filtração dos rins.
Informações sobre a Rede Americas:
O Americas é um grupo médico-hospitalar composto por hospitais-referência e clínicas especializadas. Está presente em cinco estados brasileiros – Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte – e no Distrito Federal, totalizando mais de 2,6 mil leitos. O Americas Serviços Médicos faz parte do UnitedHealth Group Brasil.
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