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Dia das mães: Puerpério afeta a vida das mães e não deve ser romantizado

  • Quinta, 06 Mai 2021 11:02
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Isabella Sala
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra, explica quais são as transformações que a mulher passa no período do pós-parto e quais os cuidados que devem ser tomados

O puerpério é o período após o parto até que o corpo da mulher volte às condições normais (pré-gestação), no qual a mulher passa por diversas alterações, não só hormonais e físicas, mas também emocionais. Em geral, o período de puerpério se estende desde o nascimento da criança até a primeira menstruação da mulher, depois da gravidez, e é exatamente nesse momento que a mãe está mais vulnerável e suscetível a crises, não só pelas alterações do organismo, mas também pela insegurança, pelo vínculo que está sendo construído com o bebê e pela mudança de identidade que a mulher tem que enfrentar.

“O período de puerpério é quando a mulher está se recuperando do parto e construindo uma nova rotina no seu cotidiano. Além disso, ela está mais vulnerável em relação ao seu corpo, à sua autoimagem e ao seu emocional. Muitas acabam se sentindo desamparadas, incapazes e inseguras nesse momento e sentem que perderam o controle de sua vida. É uma sobrecarga grande para a mãe lidar com tantas mudanças e, por isso, ele não deve ser romantizado. O apoio da família e de pessoas próximas faz toda a diferença nesse momento, até que ela consiga se reencontrar e ter a segurança necessária para seguir em frente”, explica a ginecologista e obstetra Dra. Evelyn Prete.

O puerpério pode ser dividido em três etapas: imediato (do 1º ao 10º dia após o parto), caracterizado pela crise genital, acompanhada de alterações gerais e, principalmente, endócrinas; tardio (do 11º ao 45º dia), período de transição no qual continua a recuperação genital e a lactação começa a influenciar o organismo; e remoto (a partir do 45º dia), que é dependente da amamentação. De acordo com Evelyn, o aleitamento materno tem forte relação com a duração do puerpério e traz grandes benefícios à puérpera e à criança. “As mães lactantes em tempo integral podem ficar sem menstruar por mais de 12 meses, enquanto as que não amamentam podem ter a menstruação voltando, em média, com 6 a 8 semanas após o parto. Já a amamentação parcial é menos eficiente para estender a amenorreia (falta de menstruação) pós-parto”, explica a médica.

O principal motivo para a mulher se sentir tão insegura nesse período e intensificar a autocobrança é a imagem que a sociedade construiu ao longo do tempo do que é ser mãe e dos padrões que, supostamente, devem ser seguidos. “Se a mãe foge dos padrões impostos, ela é julgada. Por exemplo, se ela não consegue amamentar o seu filho, por algum motivo, ela é criticada e intitulada como uma mãe ruim e irresponsável, que não consegue suprir as necessidades da criança”, ressalta a ginecologista. “O momento é de acolhimento à mulher, às suas necessidades físicas e emocionais, não de julgamento”, aconselha.

De acordo com Evelyn, alguns cuidados são indispensáveis no puerpério para a mulher se sentir o mais confortável possível e preservar a sua saúde. “Sempre observe as mamas, já que problemas como a mastite puerperal - uma inflamação das glândulas mamárias que, se não tratada, pode evoluir até para uma infecção -, são relativamente frequentes no período. Manter a higiene correta na região genital, lavando sempre com água e sabão neutro, e ficar atenta a dores intensas e incômodos, que podem significar alguma complicação pós-parto, também é muito importante”, alerta a médica. “Faça refeições leves, principalmente nos primeiros dias, e permaneça com hábitos saudáveis, se mantendo longe de vícios e remédios não autorizados por seu ou sua ginecologista/obstetra”, finaliza.

Sobre Evelyn Prete

Evelyn é formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Pérola Byngton e Unifesp. No momento está se especializando em Medicina Fetal pela Unidade de Medicina Fetal da Conceptus.


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