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Injetáveis e a vacinação contra Covid: um pode interferir no outro?

  • Terça, 27 Abril 2021 18:10
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rafaelle Montenegro
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Dermatologista Gabriel Aribi explica essa eventual interação dos injetáveis com a vacina contra o covid-19

Tratamentos com injetáveis podem dar alguma reação em quem tomou a vacina contra o covid-19? “Assim como no caso das vacinas, os injetáveis são formulações compatíveis com o corpo. Porém, não deixam de ser algo novo ou um corpo estranho entrando em contato com o organismo. Este por sua vez vai buscar se defender até entender que a substância não representa uma ameaça, o que até acontecer pode levar a algumas reações leves”, explica o dermatologista Gabriel Aribi.

Como esse assunto está em pauta, no dia 12 de abril, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reafirmou que até o momento não é possível demonstrar de forma científica que tanto o vírus quanto a vacina podem interferir no efeito da toxina botulínica, por exemplo. A SBD diz ainda que os estudos usados como fontes para os conteúdos ainda não passaram por todas as etapas e critérios de avaliação para que possam ser utilizados como parâmetro. “Eventuais interações com outras substâncias ou efeitos colaterais associados a essas combinações, assim como tudo referente ao covid, estão sendo descobertos ao mesmo tempo em que se busca saber mais sobre a doença. É preciso muito critério em qualquer afirmação, uma vez que tudo ainda fica no campo das probabilidades se tratando desse vírus,” diz Aribi.

Assim, uma reação em um paciente que tomou a vacina e também passou por algum procedimento com injetáveis não necessariamente tem relação. “É importante sim ser investigada as possibilidades desses corpos estranhos reagirem entre si e com o organismo. Dessa forma, com estudos e dados realmente comprovados, se torna mais viável estabelecer parâmetros, como um intervalo seguro entre a aplicação da vacina e o tratamento com um injetável. Ou seja, havendo a proteção a partir da vacinação, sem ter que abrir mão dos benefícios ou propósitos dos injetáveis e minimizando os riscos de reações.”

Mas essa preocupação em relação ao vírus ou a vacina pode estar associada ao aumento do número de procedimentos com injetáveis realizados na pandemia, tendência que estudos apontam e os médicos também relatam ter acontecido em consultório. “Houve uma procura maior durante a pandemia por procedimentos menos invasivos e que promovem um efeito relativamente rápido, como é o caso de vários injetáveis,” conta o dermatologista.

Prevenção

Gabriel Aribi destaca também que avaliar o histórico do paciente com relação a alergias posteriores pode ser interessante para diminuir ainda mais os riscos, não só agora com a pandemia, mas em qualquer circunstância se tratando de procedimentos. “Também é importante o paciente estar com os exames de rotina em dia, isso pode diminuir as chances de qualquer tipo de reação por parte do corpo.”

Ainda na nota, a SBD também frisa a importância de em caso de dúvida procurar um dermatologista que está capacitado para fazer as melhores indicações. “Sabemos que é um momento de cautela e que diversas circunstâncias devem ser levadas em conta na hora de indicar um procedimento, principalmente no caso de injetáveis, para um paciente”, diz o médico.

O especialista ainda lembra que os danos causados pelo novo coronavírus são muito mais significativos do que uma provável reação associada ao procedimento estético. “A chance de uma eventual reação não pode fazer com que a pessoa cogite a possibilidade de não tomar a vacina. Ela é apenas mais uma das coisas que pode levar à inflamação. Uma vez que esse tipo de reação pode acontecer de forma independente, apenas pelo uso normal de algum injetável.”

Sobre Gabriel Aribi

Graduado em Medicina pelo Centro Universitário Lusíada. Especializado em Clínica Médica pela Santa Casa de São Paulo e em Dermatologia pelo Hospital Ipiranga. Especializado em Cirurgia Dermatológica pelo HC-FMUSP. Atualmente é professor de Pequenas Cirurgias e Cirurgia Dermatológica no Centro Universitário Lusíada, em Santos, e professor de Cirurgia Dermatológica no Serviço de Dermatologia do Hospital Ipiranga, além de ser Speaker da Sinclair Pharma.


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