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Pacientes com cânceres hematológicos podem desenvolver Covid-19 mais grave em comparação a outros tipos de tumor

  • Segunda, 12 Abril 2021 11:59
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Gabrielle Dowalite
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Estudo do Reino Unido publicado no The Lancet comparou pacientes com mieloma múltiplo, leucemia e linfoma a outros cânceres: pulmão, próstata, mama e trato digestivo e urinário

Pacientes acometidos pelos cânceres hematológicos mieloma múltiplo, leucemia e linfoma podem desenvolver a forma mais grave de Covid-19 em comparação com aqueles que foram diagnosticados com outros tipos de câncer, como pulmão, próstata e mama[i]. O dado foi revelado por um estudo britânico publicado na revista científica The Lancet.

O estudo reforçou a heterogeneidade do câncer e também da Covid-19 ao revelar que o tipo da doença faz diferença na incidência, gravidade e na mortalidade pelo vírus. O levantamento avaliou 1.044 pacientes oncológicos, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 80 anos, infectados pelo novo coronavírus. O hematologista Angelo Maiolino, coordenador do Comitê de Acesso a Medicamentos da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ressalta outra conclusão do estudo internacional. “Esses pacientes hematológicos precisaram de mais suporte de terapia intensiva, o que implica também em uma taxa de mortalidade mais alta para esse grupo”.

Além de uma trajetória de Covid-19 mais grave ou crítica e da maior admissão na unidade de terapia intensiva, os participantes do estudo com cânceres hematológicos foram significativamente mais propensos à necessidade de oxigênio de alto fluxo e ventilação não invasiva1. Aqueles que tinham passado por quimioterapia recente para tratamento do tumor no sangue também apresentaram maior taxa de mortalidade1.

“Embora realizado no Reino Unido, temos a hipótese de que os dados do estudo podem ser extrapolados para o Brasil, refletindo um cenário semelhante por aqui. Ainda não há números nacionais a respeito do tema, mas a ABHH também está realizando um levantamento com participantes brasileiros”, conta Angelo Maiolino. Segundo o especialista, uma possível explicação é o fato de os pacientes hematológicos apresentarem atividade do sistema imunológico mais baixa do que aqueles com outros tipos de câncer, em função dos tratamentos imunossupressores contínuos.

Apesar disso, o médico ressalta a importância de seguir com o tratamento indicado, além do distanciamento social e da cautela redobrada em relação a todos os protocolos diários de assepsia, como uso de álcool em gel e de máscara de proteção. “No começo da Covid-19, quando imaginávamos que viveríamos essa realidade por cerca de três meses, a comunidade médica se uniu para recomendar que os pacientes adiassem transplantes ou o início dos tratamentos. Com a extensão da pandemia, vimos que seguir pausando as terapias acarretaria em um prejuízo enorme para os diagnosticados”. Para o especialista, o resultado do estudo publicado na revista The Lancet pode sugerir que os pacientes hematológicos deveriam ter uma atenção maior ainda em relação aos cuidados para o não contágio do novo coronavírus.

Sobre os cânceres hematológicos

Os cânceres hematológicos são aqueles originários das células sanguíneas: mieloma, leucemia e linfoma. No Brasil, a incidência do mieloma múltiplo ainda é desconhecida, principalmente porque não faz parte das estimativas anuais do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Segundo dados do INCA, o número de casos novos de leucemia esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 10.810 casos, em ambos os sexos. Já para o linfoma não Hodgkin, espera-se 12.030 novos registros por ano, também para homens e mulheres[ii].

Sobre a Sanofi Genzyme

A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e doenças raras do sangue.

Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).

Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

[i] COVID-19 prevalence and mortality in patients with cancer and the effect of primary tumour subtype and patient demographics: a prospective cohort study. Disponível em: https://www.medscape.com/viewarticle/936578. Acesso em 04/02/2021.

[ii] Estimativa 2020 Incidência do Câncer no Brasil - Instituto Nacional de Câncer (INCA). Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf. Acesso em 04/02/2021.


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