Alerta: sonolência excessiva é uma das maiores causas de acidentes de trânsito
Devido à alta prevalência na população mundial, a sonolência excessiva diurna é considerada um problema de saúde pública, sendo comprovadamente causadora de grandes desastres da humanidade, como por exemplo o acidente nuclear de Chernobyl, bem como de uma elevada quantidade de acidentes de trânsito.
Alguns estudos, inclusive brasileiros, comprovam que o diagnóstico das doenças que causam sonolência diurna - e o respectivo tratamento - custam muito menos para o sistema de saúde quando comparado aos tratamentos dos problemas de saúde advindos dos acidentes de trânsito.
“A sonolência excessiva diurna não é uma doença, e sim um sintoma de diversas doenças que cursam com ela. Os principais problemas de saúde relacionados à sonolência excessiva diurna são a privação do sono e a apneia obstrutiva do sono. Muitas vezes, esses problemas estão sobrepostos, o que potencializa seus malefícios, já que a pessoa dorme pouco e ainda com um sono de má qualidade”, explica o Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Dr. Bruno Bernardo Duarte.
De acordo com o especialista, a privação do sono, além de causar sonolência excessiva diurna, pode causar, a longo prazo, consequências sérias à saúde. “A privação de sono é considerada uma doença da vida moderna, já que ao longo de gerações o hábito de dormir se tornou menos importante, o que é um grave erro de avaliação. As pessoas tendem a trocar as horas de sono por trabalho, estudo ou lazer. Já está comprovado que, um indivíduo com privação crônica de sono, possui uma menor expectativa de vida e maior risco de doenças cardiovasculares, quando comparados a indivíduos que respeitam o número de horas adequado de sono”, alerta.
Segundo o Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, a outra doença mais frequente a causar o sintoma de sonolência excessiva diurna é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono. “A SAOS é a doença que cursa com pausas respiratórias durante o sono por colabamento dos tecidos da garganta, impedindo o fluxo do oxigênio para os pulmões. Esse fenômeno aumenta o número de microdespertares noturnos, fragmentando o sono e causando a sensação de sono não reparador e sonolência excessiva diurna. Um recente estudo brasileiro, considerado o maior estudo mundial em prevalência, evidenciou que um em cada três indivíduos brasileiros convivem com esse problema”, revela.
Por outro lado, a boa notícia é que a Apneia Obstrutiva do Sono tem tratamento, independente do grau e da faixa etária, reduzindo totalmente a sonolência excessiva diurna e, por consequência, os riscos de acidentes de transito. “No caso de registrar quaisquer desses sintomas, procure por um otorrinolaringologista, que é o médico indicado para solicitar um exame de polissonografia, diagnosticar o problema e propor, entre os diversos tipos de tratamento, aquele que seja mais indicado, de acordo com cada paciente avaliado”, finaliza o Dr. Bruno Bernardo Duarte.
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