Áreas em memória às Vítimas do Covid-19 serão apresentadas dia 25/01, 10h30
O Parque do Carmo, situado na Zona Leste da capital paulista, terá os primeiros espaços destinados à memória de todos vitimados e afetados pela pandemia do Covid-19. Juntas, iniciativas da Prefeitura da Cidade de São Paulo e da promotora Celeste Leite dos Santos, gestora do Programa AVARC do MP SP e do Higia Mente Saudável, instalaram no parque um bosque de Ipês para contemplação e uma escultura marco. A cerimônia para apresentação destes memoriais será dia 25/01, 10h30. O ato tem participação aberta a convidados e seguirá protocolos sanitários contra a pandemia.
A atuação no AVARC, os testemunhos em atendimentos à distância e serviços sociais presenciais do programa Higia Mente Saudável desde as primeiras semanas da crise sanitária mundial foram determinantes na concepção de um memorial, diz Celeste Leite dos Santos. “Primeiro, montamos um local na web para que familiares das vítimas pudessem postar seus sentimentos sobre quem se foi e relatar suas histórias. O retorno estimulou a proposta de se ter um local para visitação. Esta idéia foi construída com Fátima Ranaldo, oficial do cartório de registro civil de Americana e teve contribuições do promotor de justiça Sílvio Antonio Marques. Em seguida, apresentada e acolhida pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e Prefeitura da Cidade de São Paulo, que acabava de anunciar também um projeto de memorial”.
O marco erguido foi estruturado pelo arquiteto Pedro Caribé, com auxílio de Vera Simoes e suporte dos gestores do conselho do Parque do Carmo.
- Juntos sociedade, Município e instituições podem pavimentar caminho de esperança e responsabilidade social para os cidadãos paulistanos que sirva de exemplo para a comunidade mundial. A idéia é que as vidas daqueles que partiram não foram perdidas, mas geraram sementes de fé e esperança, auxiliando na resiliência social de forma transformativa e geracional, diz Celeste Leite dos Santos.
Para ela, o memorial é um espaço de luto compartilhado, resgatando a consciência da necessidade de cuidarmos do meio ambiente e fomentarmos a solidariedade nas relações sociais. Estamos diante de uma nova categoria de bens jurídicos -os bens relacionais que possui dimensão intangível e integradora.
O Projeto de Acolhimento de Vítimas, Análise e Resolução de Conflitos do Ministério Público do Estado de São Paulo- Projeto Avarc foi concebido como forma de atribuir dignidade e reconhecer direitos às vítimas de crimes que foram subtraídos por legislação incipiente e arcaica. Com o advento da “pandemia”, ou mais propriamente denominada sindemia, o papel preventivo do Ministério Público no desenvolvimento de política criminal voltada aos coletivos vulneráveis se sobressaiu, ampliando-se o conceito vitimológico, antes restrito às vítimas diretas e indiretas da prática de crimes para abranger o conceito de vitimização coletiva. Participam do Projeto Promotores de Justiça da Barra Funda, Pindamonhangaba, Guarulhos, Baixada Santista, bem como Procuradores de Justiça. O Centro de Apoio Criminal do Ministério Público elegeu o projeto como uma das políticas estratégicas criminais da instituição que ainda conta com parceria com a Escola Superior do Ministério Público.
Para saber mais sobre o Projeto Avarc acesse www.avarc.com.br
Em julho do ano passado, o Projeto Avarc inaugurou uma área na Internet dedicada para receber testemunhos de famílias das vítimas da pandemia do coronavírus. As cartas são enviadas de maneira sigilosa para o memorial e ficam protegidas na capsula do tempo em https://avarc.com.br/memorial/
O projeto memorial da Avarc está integrado ao Higia Mente Saudável, iniciativa surgida no quadro de emergência da pandemia, com objetivo de proporcionar às vitima um ambiente acolhedor visando prestar um atendimento humanizado.
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