Programa de reabilitação intestinal do hospital Samaritano Higienópolis otimiza em 54% estado nutricional de crianças com doença rara
Pacientes com Falência Intestinal recebem tratamento e prevenção de complicações associadas à doença, que atinge de 4 a 6 pessoas a cada milhão de habitantes
O Hospital Samaritano Higienópolis reforça nesta terça-feira (17), Dia da Prematuridade, a importância de seu programa de Reabilitação intestinal, que auxilia crianças com Falência Intestinal muitas vezes secundária após quadro de enterecolite necrosante que acomete prematuros, doença rara, e que impede a alimentação dos pequenos. Referência neste tratamento, a unidade recebeu de 2015 a 2020 mais de 30 crianças com este perfil, com idade média de aproximadamente 6 meses. Acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, as crianças com Falência Intestinal tiveram melhora significativa no estado nutricional. Uma otimização de 54% da desnutrição se levado em conta peso x idade (diminuiu de 77% para 23%). A chefe do centro de reabilitação intestinal do Samaritano Higienópolis, Dra. Maria Fernanda Carvalho de Camargo, é responsável por este trabalho e fala sobre o tema hoje, às 16h, como uma das palestrantes do Primeiro simpósio Internacional de Enterocolite Necrosante. Veja aqui os detalhes do evento online e gratuito.
O programa de Reabilitação Intestinal Pediátrico é destinado a crianças com falência intestinal (intestino ultracurto), ou seja, que perderam uma parte significativa do intestino ou com alteração de absorção. Com este diagnóstico, a criança não consegue absorver os nutrientes necessários para crescer e se desenvolver de forma adequada dependendo de nutrição parenteral (pela veia). Esta é uma condição clínica extremamente rara. De acordo com a literatura médica, ocorrem de 4 até 6 casos a cada 1 milhão de habitantes na Europa ou Estados Unidos ( Howard L.). Em paralelo com o Brasil, seriam 824 casos por milhão (Galvão; Lee; Pecora; David; Carneiro D´Albuquerque).
A recomendação é que os pacientes com Falência Intestinal sejam encaminhados para Centros de Reabilitação Intestinal capacitados, para tratamento e prevenção de complicações associadas à doença. O acompanhamento dos pacientes por um centro especializado, além de otimizar o tratamento clínico e nutricional hospitalar, permite, após a estabilização nutricional, a continuidade da nutrição parenteral em regime domiciliar.
O programa do hospital Samaritano Higienópolis, por exemplo, prepara e treina as famílias para que elas também sejam cuidadores, o centro do tratamento. São módulos de aprendizado que somam aproximadamente um mês e meio, durante internação no hospital. “Nestes casos os pais têm dois caminhos: o home care tradicional ou assumir o cuidado”, diz a Dra. Maria Fernanda Carvalho de Camargo.
Vários fatores compõem este acompanhamento: a aderência da família, equipe multidisciplinar envolvida, nutricional, reconstrução do trato gastrointestinal, prevenção da sepse e da falência hepática, preservação dos acessos venosos centrais, e, em alguns casos, o transplante. Algumas crianças passam por transplante pediátrico intestinal, mas a maioria vive da alimentação supervisionada, frequentando a escola e vivendo uma vida com qualidade apesar da nutrição parenteral.
Sobre o Americas:
O Americas é um grupo médico-hospitalar composto por hospitais-referência e clínicas especializadas. Está presente em cinco estados brasileiros – Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte – e no Distrito Federal, totalizando mais de 2,7 mil leitos. O Americas faz parte do UnitedHealth Group Brasil.
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