Preço de medicamentos aos hospitais recua 0,11% em outubro e aponta estabilidade, revela FIPE e Bionexo
• IPM-H é elaborado com base em transações entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro no período de 2015 a 2020;
• Índice subiu 11,36% na pandemia - já nos últimos 12 meses, avanço foi de 14,76%.
O preço dos medicamentos no Brasil recuou 0,11% em outubro, revela o novo Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo - health tech líder em soluções digitais para gestão em saúde. A pequena oscilação do índice sinaliza uma maior estabilidade do mercado em relação aos meses anteriores de agosto (-1,82%) e setembro (-2,48%).
A variação de outubro foi resultado da compensação entre a alta registrada em grupos como aparelho digestivo e metabolismo (+6,27%) e a queda observada entre outros grupos, destacando-se: preparados hormonais sistêmicos (-3,46%), anti-infecciosos (-3,31%) e sistema nervoso (-3,08%).
Comparativamente, o resultado do IPM-H em outubro ficou abaixo da inflação oficial do país medida pelo IPCA/IBGE (+0,79%) e do comportamento dos preços medido pelo IGP-M/FGV (+3,23%). Além disso, o recuo mensal do índice foi maior que a queda observada na taxa média de câmbio em outubro de 2020 (+4,19%).
Entre os treze grupos terapêuticos em que os medicamentos são agrupados, houve em outubro uma queda em oito deles: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-3,31%), preparados hormonais sistêmicos (-3,46%), sistema nervoso (-3,08%), aparelho respiratório (-1,26%), sistema musculesquelético (-0,49%), aparelho geniturinário e hormônios sexuais (-0,41%), imunoterápicos, vacinas a antialérgicos (-0,07%), e órgãos sensitivos (-0,02%).
Houve uma alta nos grupos terapêuticos de aparelho digestivo e metabolismo (+6,27%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+1,76%), agentes antineoplásicos (+1,36%), aparelho cardiovascular (+0,36%), e outros medicamentos (+0,84%).
Crescimento na pandemia
Apesar do índice negativo pelo terceiro mês consecutivo (houve queda de 1,82% em agosto e de 2,48% em setembro), o índice registrou uma alta de 11,36% desde o início da pandemia, entre fevereiro e outubro deste ano. Nesse recorte, o índice superou a variação do IPCA/IBGE (alta acumulada de 1,68%) e foi superada pela variação do IGP-M/FGV (alta acumulada de 17,58%) e da taxa de câmbio (alta acumulada de 29,60%).
Contribuíram para o resultado a alta no preço médio de praticamente todos os grupos de medicamentos, especialmente os atuantes no aparelho cardiovascular (+60,60%), sistema nervoso (+43,38%), aparelho digestivo e metabolismo (+35,87%), sistema musculoesquelético (+21,08%) e preparados hormonais sistêmicos (+13,07%).
Entre os medicamentos que impactaram o IPM-H na pandemia estão norepinefrina (terapia cardíaca e suporte vital), fentalina (analgésico), propofol (anestésico), midazolam (hipnótico/sedativo/tranquilizante), omeprazol e pantoprazol (antiácidos, tratamento de dispepsia/úlcera gástrica). Os principais fatores da alta do índice no período, estão a desvalorização cambial, desabastecimento do mercado interno e alta na demanda nas unidades de saúde por medicamentos associados aos cuidados relacionados à Covid-19.
No acumulado em 2020, o IPM-H apresenta alta de 13,54%, e nos últimos 12 meses o avanço foi de 14,76%. Nesse recorte mais amplo, os grupos que mais impactaram na alta foram aparelho cardiovascular (+58,32%); aparelho digestivo e metabolismo (+58,37%) e sistema nervoso (+44,81%). Por outro lado, os grupos com menores variações foram agentes antineoplásicos/quimioterápicos (+0,71%), medicamentos atuantes no aparelho geniturinário (+4,84%) e aparelho respiratório (+6,07%).
Sobre o IPM-H
O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de disponibilizar informações inéditas e de interesse público relacionadas à área de saúde, com foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. O IPM-H é elaborado com base nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da plataforma Bionexo, por onde são transacionados mais de R﹩ 12 bilhões de negócios no mercado da saúde por ano, o que representa cerca de 20% de tudo que é transacionado no mercado privado nacional.
A health tech conecta mais de duas mil instituições de saúde a 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares. A cada mês e para cada grupo de medicamentos, a FIPE calcula o índice de variação do seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração algumas variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço das negociações, incluindo: (i) quantidade de produtos transacionada; (ii) distância geográfica entre hospitais e fornecedores.
Os medicamentos são agrupados em 13 grupos terapêuticos (classificação da ATC*) e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Bionexo no ano anterior. O IPM-H consolida o comportamento dos índices dos preços de cada grupo terapêutico, também ponderados pelo valor transacionado do grupo na plataforma.
Embora possam estar correlacionados, o comportamento do IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo). Além disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos, materiais recursos humanos, protocolos de tratamento/atendimento e segundo frequência de uso.
Sobre a Bionexo
Líder em soluções digitais para gestão em saúde, a multinacional brasileira conecta mais de dois mil hospitais e outras instituições do setor a 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares no Brasil, Argentina, Colômbia e México. Por ano, em uma de suas plataformas são transacionados mais de R﹩ 12 bilhões de negócios no mercado da saúde, o que representa cerca de 20% de tudo que é transacionado no mercado privado no país.
No Brasil, que representa 80% dos negócios da companhia, a Bionexo tem impacto direto em cerca de 40% dos leitos privados e 64% dos leitos de alta complexidade. Pelos seus sistemas, passam todos os dias mais de duas mil cotações de preços e condições para mais de 20 mil itens - de alimentação e medicamentos a equipamentos de diagnóstico de alta complexidade.
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