O médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do IBCC Oncologia, Dr. Marco Antônio Cyrillo, acredita que as últimas estatísticas sobre novos casos e mortes pelo coronavírus demonstram declínios e se pode afirmar que o país está num período de estabilidade. “A redução no número de confirmados, nos últimos 14 dias, foi de 6% e de óbitos 22%. Esse decréscimo evidencia que a curva está em um processo estável e isso é positivo", diz Cyrillo.

Na sexta-feira (19), balanço do Ministério da Saúde indicou: 135.857 mortes, destas 826 ocorreram em 24 horas. Com isso, a média móvel de novas mortes no país nos últimos 7 dias foi de 769 óbitos, uma variação de -6% em relação aos dados registrados em 14 dias. Em casos confirmados, com dados do mesmo dia, o levantamento registrou 4.497.434 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 39.991 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 30.494 por dia, uma variação de -22% em relação aos casos registrados em 14 dias.

O especialista alerta para que se mantenha os cuidados preventivos, pois a diminuição dos casos ainda depende do grau de isolamento e do cumprimento das regras sanitárias por parte das pessoas. "A população precisa continuar com a devida atenção para o uso correto de máscaras, a regular higienização das mãos e a manutenção do distanciamento social", observa.

Outra informação positiva, segundo Cyrillo, é a divulgação pela Imperial College London, de dados que mostram o índice de transmissão de Covid-19 no Brasil com queda de 0,9, na última semana. Desde 16 de agosto, semanalmente, a taxa do país tem oscilado entre um pouco abaixo e um pouco acima de 1. No entanto, o infectologista destaca ainda que “a gente só vai saber quais serão os resultados das medidas de flexibilização da quarentena em que houve a liberação para a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza, parias e parques em duas semanas”, diz o médico.