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Dentistas pedem atenção para carência de cuidados e afirmam que podem ajudar na pandemia

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Nice Castro
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Onde e como estão esses profissionais da saúde? E por que não usar essa mão de obra para qualificada para atuar na linha de frente?

Os profissionais da saúde estão sendo fundamentais em meio à pandemia. Porém, quando se pensa nas profissões que fazem parte do grupo de risco para o contágio pelo contato próximo com o vírus, dificilmente vem à cabeça um dentista. Por isso, é importante parar e pensar: seria seguro ir ao dentista? Como esses profissionais estão se protegendo e presando pela segurança de seus pacientes? São questionamentos importantes em um momento em que a prevenção aliada à proteção é uma das principais formas de combater ao coronavírus.

Apesar de em um primeiro momento não parecer, os dentistas são profissionais que se enquadram no grupo de alto risco em relação à contaminação pelo coronavírus. É o que explica o dentista Fabio Bibancos, fundador e presidente da ONG Turma do Bem: “Fora os que trabalham nas UTIs, os dentistas são os mais expostos ao COVID”, diz. “Isso acontece porque esses profissionais estão em contato direto com as áreas e secreções que são fonte de contaminação e transmissão do vírus. Além disso, muitos procedimentos odontológicos usam ferramentas com aerossol, propícios para a propagação dessas partículas no ambiente”, afirma Bibancos.

A urgência por equipamentos de proteção

Isso leva a outra questão, a do uso dos EPIs (equipamentos de proteção individuais). Esses equipamentos de proteção estão em escassez não só para os profissionais da linha de frente, dentro de hospitais e UTIs, como também para os dentistas. Essa é uma situação mundial e um exemplo desse problema foi o protesto ‘Dentistas Nus’, na França. Foi uma maneira que os profissionais franceses encontraram de se manifestar pela falta de equipamentos de proteção para trabalharem. Uma das principais reivindicações é que não estavam recebendo o devido respaldo do governo e nem conseguiam comprar os EPIs, não só por estarem em falta, mas também pelo alto valor. E isso acontece no mundo tudo. É o que explica a dentista Joana Silva Carvalho, brasileira radicada na Alemanha: “Continua a haver uma falha imensa na distribuição dos EPIs”. Ela destaca ainda que, pesar da distribuição do governo, o número é inferior ao necessário, e completa: “Não se consegue encomendar material.”

Mesmo pensando apenas em atendimentos de urgência e emergência esses profissionais precisam estar devidamente paramentados para não serem contaminados, nem contaminar seus pacientes. De acordo com Regiane Marton, diretora da Associação Brasileira da Indústria de Artigos Médicos e Odontológicos, há na odontologia uma questão de biossegurança e protocolos importantes para serem usados nos consultórios. “Com a questão da pandemia, se estende e se intensifica porque existe um ambiente que propícia a contaminação, principalmente do profissional, menos dos pacientes, durante o atendimento”, diz ela.

Segundo Regiane, existe uma paramentação, ou seja, a utilização de roupas e EPIs próprios para o dentista e para o paciente, para secretárias e assistentes. Há também protocolos que citam a importância do espaçamento entre consultas e o tempo adequado para fazer a devida esterilização, higienização, desinfecção e limpeza dos ambientes que houve o atendimento odontológico. Tais protocolos ainda estão sendo estudados e compilados para chegarem aos dentistas.

Portanto, até agora, nada concreto existe para que esses profissionais consigam se basear sobre o que colocar na clínica para manter a biosegurança dos atendimentos. “Não se sabe se estamos fazendo o correto para não se contaminar. Não tem nada escrito,” destaca a Dra. Beatriz Villanueva, do México. Além disso, é fundamental saber usar os novos EPIs que estão sendo implementados e dar a devida atenção com relação a retirar adequada desses equipamentos para que não haja contaminação, como salienta a Dra. Lígia Nogaret, de Porto Alegre: “A sequência de paramentação e desparamentação acredito que seja muito importante. O risco de contaminação é na desparamentação,” afirma.

Mão de obra qualificada e clínicas preparadas

Além de toda essa problemática do dia a dia dos consultórios, há uma outra questão importante que não se está levando em conta em relação aos dentistas. “Conhecemos a como ninguém a cavidade bucal. Portanto, poderíamos estar na linha de frente para ajudar na intubação de pacientes e em outras emergências. Isso deveria ser levando em conta!”, diz Fábio Bibancos. A Dra. Lígia Nogaret, de Porto Alegre, concorda: “Na minha opinião, como cirurgião dentista, deveríamos ser um grupo de profissionais a ser lembrado em primeiro lugar. Porque temos bagagem para ajudar a população.”

Outro ponto a ser destacado é que os ambientes odontológicos poderiam ser locados pelo governo como alternativa para atendimentos de baixa complexidade, evitando a exposição do paciente à contaminação em hospitais, como explica Fabio Bibancos: “Mesmo que não fosse para o COVID, mas usar as clínicas odontológicas para as outras necessidades.” Além disso, os consultórios são ambientes que em muitos casos têm central de esterilização, semileitos, vigilância sanitária e lixo seletivo. “As cadeias odontológicas tem algum preparo para ajudar nesse lugar. Essa profissão existe para cuidar da vida dessa pessoa, para que tenha uma vida melhor, uma vida com saúde,” destaca Bibancos. Que ainda deixa um questionamento para os dentistas: “Por que nós não somos lembrados como profissionais da saúde?”


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