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Como as companhias aéreas estipulam os preços das passagens

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Débora Ramos
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Procurar por voos pode ser uma parte empolgante de uma viagem, especialmente quando se encontra passagens aéreas baratas. No entanto, também pode ser frustrante: horas gastas em frente à tela do celular ou do computador, tentativas distintas em sites diferentes e que não resultam em preços satisfatórios. Há casos em que os valores encontrados são mais do que o dobro do que seria pago anteriormente.

Para entender como as companhias aéreas estabelecem essas frustrações e felicidades alheias, é preciso ter em mente sete fatores que determinam como elas precificam suas passagens: uma tarifa-base, as taxas e impostos aeroportuários, o custo do combustível e os gastos operacionais (salários dos pilotos, comissários, serviços oferecidos no aeroporto) são os principais, mas também é preciso considerar o preço da comida, da bagagem e do assento do avião.

A primeira coisa que as companhias aéreas fazem é determinar o tipo de avião que será usado em um voo, e isso conta por causa do número de lugares que ele possui. Enquanto a viagem de classe indica a qualidade do voo (primeira classe, classe econômica, etc.), a reserva de classe se refere ao tipo de bilhete comprado.

Cada reserva de classe (ou classe de tarifa) tem diferentes regras e restrições. O custo de mudar ou estornar um bilhete pode variar amplamente, por exemplo: alguns pode ser reservados apenas em caso do voo estar a mais de 14 dias do ato da compra e em um dia de semana, e em alguns casos o passageiro tem o benefício de ganhar mais milhas.

Casa classe de reserva tem um preço diferente baseado nesses fatores. Embora possa haver cem lugares na classe econômica, há ao menos dez assentos em cada diferente classe de tarifa. Sites como Expedia, Kayak e ViajaNet mostram apenas as cadeiras mais baratas de cada avião que se encaixam nos critérios estipulados pelo próprio comprador.

A razão por todas essas diferenças nas classes de reserva é óbvia: as companhias aéreas querem maximizar seus lucros. O jornal britânico Telegraph recentemente publicou uma reportagem desfazendo um dos mitos mais famosos sobre companhias aéreas do mundo: de que elas são as empresas mais lucrativas em comparação com qualquer outro mercado.

Segundo a pesquisa do periódico, elas tiram apenas 0,61% de lucro do preço de cada bilhete vendido. Mais de 70% do valor é consumido pelos gastos operacionais, como combustível das aeronaves e taxas pagas aos governos dos países.

Elas sabem que há principalmente dois tipos de viajantes: os que estão embarcando em férias ou que estão a trabalho. Os dois precisam de voos, mas os comportamentos variam. Enquanto o turista geralmente tem flexibilidade de datas e reserva a passagem de forma antecipada para economizar nos custos, por exemplo, além de aceitar voar em classes econômicas, quem viaja a negócios precisa embarcar em um dia específico e, em alguns casos, até em um horário delimitado. Como muitas vezes não há tempo para comprar passagens antecipadas -- já que certos assuntos precisam ser resolvidos de forma rápida --, eles aceitam pagar mais caro nos bilhetes.

Embora as pessoas esperam que as companhias aéreas baixem seus preços poucos dias antes do embarque para ocupar os assentos restantes, o que acontece é o oposto: vendendo 20% dos lugares restantes por US$ 1,5 mil (R$ 5,5 mil) é mais lucrativo do que vender metade deles pelo valor regular -- digamos, de US$ 500 (R$ 1,8 mil).

"Quando você vê preços mais baratos perto do dia do embarque é porque as companhias aéreas ainda não venderam todos os lugares econômicos e, assim, abrem uma nova classe de reserva com descontos ainda maiores. É uma tentativa de pagar ao menos os custos operacionais do voo", explica Gustavo Mariotto, diretor de marketing da agência de viagens online ViajaNet.

Os preços das passagens mudam a cada minuto, diz Mariotto. Isso acontece por causa da disponibilidade dos lugares e da demanda. Classes de reserva baratas devem ser vendidas até mesmo três meses antes do dia do embarque. Há algumas datas do ano em que a demanda é muito alta: viajar a Europa no Natal saindo da América do Sul, por exemplo, é uma regra para muitas famílias de classe média, que não abrem mão de passar as festas de fim de ano no Velho Continente. Por isso, os bilhetes costumam ficar mais caros.

No entanto, viajar à Europa saindo do Brasil ou da Argentina, por exemplo, em novembro ou em março, períodos de baixa demanda por voos saindo do continente em direção aos países europeus, é muito mais barato -- principalmente em voos da Gol e da francesa Aigle Azur. "Há casos em que a diferença de preços é a metade do custo pago para viajar no Natal", diz Mariotto.

No entanto, há algumas brechas possíveis no sistema: comprar voos que saem durante a semana pode ser vantajoso, porque é quando os preços variam mais. Geralmente, embarcar nas segundas, quintas ou domingos pode aumentar o risco de pagar mais por um bilhete, já que são dias comuns de fluxos de viajantes de negócios ou de pessoas indo e voltando de suas viagens de fins de semana.

Passagens baratas são mais prováveis às terças, quartas ou sábados. Além disso, se o passageiro não se incomodar com possíveis inconvenientes nos horários de embarque ou desembarque, pode pagar ainda menos, já que muita gente prefere voar entre 9h e 17h, ou voltar de suas viagens antes das 8h, no máximo.

A maioria das classes de reserva baratas tem uma restrição de compra de 14 dias anteriores. significando que o passageiro só pode comprar a passagem com essa diferença de tempo entre o pagamento e o voo. Outras classes mais em conta também têm a regra do sábado à noite, em que as companhias aéreas costumam catalogar suas tabelas e oferecer custos mais baixos.

A competição entre as companhias aéreas é outro fator que contribui para o preço baixo de uma passagem aérea. Se há muita concorrência por um destino (a ponte aérea Rio-São Paulo, por exemplo), os preços tendem a ser baratos. Isso não se aplica a certas regiões, mas cabe perfeitamente para ligações entre duas cidades importantes, como os voos Nova York-Londres.

"Se há muita competição entre as companhias aéreas, há também mais competição de passageiros, o que significa mais pessoas querendo voar para destinos específicos. Portanto, a competição neste caso é por passagens aéreas baratas: como regra geral, quanto mais cedo reservar, melhor", explica Mariotto.

A concorrência, porém, pode ser mais complexa quando se insere a prática do codeshare, ou seja, quando duas ou mais companhias aéreas compartilham e oferecem o mesmo voo, mas apenas uma delas sobe o avião, de fato. As empresas usam codeshares para estender suas redes de conexões e preencher um avião inteiro -- ao invés de dois aviões pela metade. Neste caso, há uma série de vantagens para os passageiros, como reservar uma passagem de uma companhia e viajar por outra que ofereça serviços melhores.


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