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Enquanto é tempo

Foi em torno dos doze anos. Pedro nem lembrava o que acontecera mas deixara de falar com seu pai.

Moravam na mesma casa mas nunca mais trocaram uma palavra. Nenhum cumprimento. Ou Licença, Por favor. Ou, à mesa, Por gentileza, passe-me o pão.

À medida que os anos se sucediam, crescia a raiva de Pedro por aquele homem. Não gostava de vê-lo, de ter que privar dos mesmos cômodos. Era uma guerra surda, todos os dias.

Dardos de raiva, chispas de ódio eram lançados de um contra o outro. Quando se casou, Pedro considerou que, agora, poderia respirar livremente em sua própria casa. Não precisaria olhar para aquela figura.

Aos trinta e dois anos, certa noite, Pedro sonhou que seu pai havia morrido. O que poderia lhe constituir um alívio, ao contrário, lhe trouxe muita tormenta. Lamentou a perda do pai.

Estranho. Mas esse era o sentimento: de perda, de não ter aproveitado o que aquele homem poderia lhe ter oferecido, de como poderiam ter vivido bons anos juntos.

Despertando, deu-se conta que fora somente um sonho. Pensou que teria tempo de ir ao encontro do pai e se entenderem.

Mais do que depressa, foi o que ele fez. O sonho lhe soara como um aviso, um alerta.

Lembrou que, alguma vez, lera um trecho do Evangelho em que Jesus recomendava algo como se entender depressa com o adversário, enquanto a caminho com ele.

Pedro foi à casa do pai. Após vinte anos de mutismo, cumprimentaram-se.

Houve emoção, abraços, desculpas de um lado e de outro. Depois desse dia, por todos os anos seguintes, não deixaram de conversar, todos os dias, fosse um breve telefonema, uma mensagem de voz no celular, um vídeo na rede social.

Rolaram os anos. Pedro descobriu no pai um grande amigo. Alguém com quem podia contar em dias de tempestade, de dúvidas.

Alguém que conheceu os netos, viveu com eles momentos de alegria, descontração.

Então, um dia, o sonho se concretizou. O pai morreu. E Pedro sentiu falta das conversas, das mensagens, dos conselhos. Até dos lanches rápidos em certos finais de tarde.

Uma noite, recebeu, em sonho, a visita do velho pai. Ele parecia rejuvenescido. Veio ao seu encontro, de braços abertos.

Abraçaram-se tão longamente que, quando acordou pela manhã, Pedro trazia a exata impressão dos calorosos braços de seu pai ao redor do seu pescoço.

Como aquilo lhe fizera bem, o reconfortara. Intimamente, agradeceu a Deus por ter atendido ao alerta e ter usufruído da presença de seu pai, na Terra.

* * *

Somos assim, por vezes. Brigamos por coisa alguma e resolvemos cortar relações com o familiar, o amigo, o parente distante.

Quase sempre, quando recebemos a notícia de sua morte, nos arrependemos de não termos acionado a desculpa, o perdão.

De não termos sanado certos enganos, certos mal entendidos.

Importante. Hoje, enquanto é tempo, desfaçamos qualquer mal-estar entre nós e quem quer que seja.

A vida é demasiado curta, ao mesmo tempo muito preciosa, para que a percamos em coisas tolas.

Deixemos nossa alma mais leve, não carregando rancor, não alimentando mágoas.

Vivamos bem. Desculpemos, perdoemos. Convivamos.

Redação do Momento Espírita
Em 21.4.2023.


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