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Nossos hóspedes

Eles chegam diariamente, pela quase madrugada. Se nos demoramos para despertar, eles o fazem, com sua tagarelice.

Mal abrimos a janela e os vemos enfileirados, de forma organizada, nos fios de energia elétrica.

A cada dia parece que alguns mais se associam. Imaginamos que sejam convidados pelos hóspedes habituais.

Basta que demos alguns passos pelo jardim, eles sobrevoam, impacientes, para que lhes distribuamos o café da manhã.

São rolinhas, canarinhos, João de barro.

Quando os pequenos grãos de quirera e de alpiste são lançados na grama verde, eles aterrissam, literalmente aterrissam.

Os canarinhos se servem dos grãos mais distantes, enquanto os demais disputam, de forma ávida, o lanche matinal.

É assim toda manhã. Chova ou faça sol. Eles vêm. Têm seu próprio relógio.

Alguns estão tão habituados com a nossa presença, que nem se importam se andamos pelo jardim, enquanto eles se locupletam com o banquete oferecido.

Mais tarde, um pouco, vêm os sabiás. Esses têm tratamento especial porque adoram tomar banho, mesmo nos dias de chuva.

Preparamos dois recipientes para que eles se divirtam. Eles se banham, felizes, depois andam pelo jardim.

Em dias chuvosos, os vemos catarem minhocas entre os canteiros.

João de barro, que construiu a sua casa, no alto do poste de concreto, vem em seguida.

Também aprecia o banho. Até se desentende, vez ou outra, com os sabiás que acreditam que devem ter o monopólio das piscinas improvisadas.

O que nos extasia são os cantos de gratidão. Cada qual à sua maneira, em horários diversos.

Quando chega o bem-te-vi, anuncia, em altos brados, que nos vê, com seu trinado característico.

Vez ou outra, a árvore, em frente à casa, se anima com as discussões dos papagaios e caturritas que disputam os galhos.

Nós os alimentamos, todos os dias. Eles nos saciam a alma, com seus cantos, seus voos, sua alegria.

Durante o isolamento social, decretado pela pandemia, foram eles que nos encheram as horas.

Foi com eles que mantivemos longos diálogos, perguntando sobre o tempo, sobre suas famílias, sobre a nova ninhada que se acomodava nos galhos.

Foram essas pequenas avezitas, nossos hóspedes de todos os dias, clientes assíduos e exigentes, porque reclamam quando nos demoramos para servi-los, que nos mantiveram a higidez mental, que não nos deixaram esmorecer.

Não podíamos abraçar amores, visitar conhecidos. Isolados.

Mas esses alados estiveram conosco, todos os dias, nas horas mais diversas.

E há quem não considere a existência de um Pai amoroso e bom, que a tudo provê.

Isolados, assistimos ao ballet das aves, ouvimos as mais belas sinfonias, os mais sofisticados trinados.

Tudo do balcão privilegiado da nossa janela, ou no próprio palco do jardim.

Também nos lecionaram gratidão, todos os dias, porque nunca esquecem de dar voos rasantes, de estrear seu mais recente bailado, de nos oferecer suas novas produções musicais.

Nossos hóspedes. Criações de Deus, asserenando as agruras e a solidão dos nossos corações.

E não é mesmo que Deus pensou em tudo, nos mínimos detalhes?

Redação do Momento Espírita
Em 7.4.2023.


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