Brasil,

Mensagem... Para onde estamos olhando?

Para onde estamos olhando?

Dizem que devemos manter o foco no que fazemos. Nestes dias de tantas plataformas digitais e redes sociais, é bom nos permitirmos extraviar de vez em quando.

Vivemos tão conectados a celulares e computadores que, por vezes, esquecemos de quem está ao nosso lado.

Falamos com quem está distante, mas esquecemos de olhar para quem está sentado bem juntinho.

Respondemos a todas as mensagens de WhatsApp, com presteza, mas nem respondemos a quem está perto e nos pergunta se preferimos macarrão ou salada para o almoço.

Com os fones nos ouvidos, nos tornamos alheios ao entorno.

Vimos pessoas quase sendo atropeladas por atravessarem a rua, conversando ao celular, sem olhar para o semáforo ou para os lados.

No supermercado, vimos uma atendente de caixa aguardando que a cliente se aproximasse. Ela tinha os olhos fixos no celular.

Estava tão ligada às mensagens, que não ouviu ser chamada mais de uma vez.

Quando finalmente, quem estava atrás, lhe tocou o braço, sinalizando para que ela chegasse ao caixa, ficou zangada.

Estamos vivendo muito mais o virtual do que o real. Pensemos a respeito. Utilizamos a aparelhagem eletrônica para nossas lives, reuniões de trabalho e de lazer. Adoramos ver-nos e ver aos outros na telinha.

Será que com idêntico ardor olhamos para os que estão próximos?

Um escritor contou que foi à maternidade com um amigo. Aproximando-se do berçário, viu um rapaz segurando um recém-nascido, com pose de pai exibido.

Parentes observavam através do vidro a cena feliz. A enfermeira apanhou o bebê e o colocou no berço mais próximo ao vidro, entusiasmando quem estava ali para vê-lo.

Então, uma mulher convidou: Venham ver o João Pedro aqui. Na sala de espera, havia um telão onde os recém-nascidos apareciam, numa imagem feita logo que chegavam ao berçário.

Todos correram para ver o pequeno no telão. Para ver o bebê virtual e deixaram o bebê real.

Diz o escritor que olhou para o pequenino e lhe disse: Rapaz, seja bem-vindo. Não é nada pessoal. Mas aqui neste mundo, se não está na mídia, você não existe.

* * *

Reflitamos a respeito. Vivemos tempos em que nos é exigido o distanciamento social, por uma questão de preservação da própria e da vida alheia.

A tecnologia tem nos auxiliado a superar distâncias, a nos abraçarmos de forma virtual, a ver e rever amigos, colegas de trabalho, pelas janelinhas.

Temos nos servido das redes sociais para manifestar o que vai em nossa intimidade ou portas adentro do nosso lar.

Alguns até exageramos, filmando tudo, postando tudo, como se o mundo inteiro precisasse saber o que nos acontece.

Estamos esquecendo de que algumas ações são exatamente maravilhosas por serem únicas e particulares.

Os primeiros passos do nosso filho são importantes para nós.

Mais do que nos preocuparmos em filmá-lo para postagem nas redes sociais, estendamos os braços e convidemos que ele venha ao nosso encontro.

Lembremos disso: o virtual tem sido importante nestes dias. Mas, nunca deverá substituir nossas manifestações de amor, de afeto, de amizade.

Um abraço virtual é simplesmente virtual. Abracemos quem está ao nosso lado.

Redação do Momento Espírita, com descrição de fato extraído
do artigo A arte de respirar sem ajuda de aparelhos, de
Márcio Vassallo, da revista Vida Simples, de dezembro de 2018,
ed. Abril.
Em 23.8.2021.


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