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Sepulturas vazias

Mais uma vez a senhora adentrava ao cemitério com o coração cheio de pesar. Há dois anos sua única filha retornara às moradas celestes.

Quinzenalmente, a saudosa mãe, sentindo-se imensamente solitária, postava-se diante da sepultura e nela depositava flores, recordações, lágrimas. Também sinceras orações em favor da filha que morrera tão jovem.

Naquele dia, preparando-se para voltar ao lar, vozes lhe chamaram a atenção: vinham de uma sepultura próxima.

Um tanto assustada, ela se aproximou e viu, encolhidos em um sujo colchão, uma família. Pai, mãe e duas crianças pequenas ali se apertavam.

Chocada diante de cena tão incomum, ela perguntou o que lhes havia ocorrido para que viessem se alojar dentro de um túmulo vazio.

O pai relatou que, há menos de um ano, residiam em uma pequena casa na periferia.

Porém, a fábrica na qual ele trabalhava o despedira. Sem poder arcar com as custas do aluguel, ele e a família haviam sido colocados na rua.

Sem trabalho, o casal passara a alimentar os filhos com as poucas moedas que conseguiam mendigando.

No dia de Finados, entraram no cemitério, a fim de aproveitar o maior movimento de pessoas e pedir ajuda. Pouco conseguiram.

Todavia, encontraram aquela sepultura aberta que, a partir de então, passou a lhes servir de abrigo.

A narrativa encheu de compaixão aquela mãe de coração dolorido.

Lembrou-se de que sua filha lhe deixara uma casa como herança. Por conta do luto, da sua imensa dor, não tivera coragem de alugá-la ou vendê-la.

Ela tomou uma rápida decisão e ofereceu a moradia para aquela família.

Quando habitada por sua filha, uma jovem tão feliz, a residência era festiva, repleta de amor e de alegria.

Certo que agora, com pessoas tão necessitadas lá residindo, a casa voltaria a sorrir.

E voltou. A família se reergueu. A senhora ganhou excelentes e gratos amigos, que se tornaram parte de sua família. As crianças passaram a chamá-la vovó.

E, embora a saudade ainda lhe aperte o coração, a solidão nunca mais dela se aproximou.

Tudo graças ao amor, à empatia, à compaixão, à caridade.

* * *

Quantos existem, em nossa sociedade, enterrados vivos?

O egoísmo constrói verdadeiros túmulos que sepultam nossos irmãos invisíveis, aqueles que nos cercam, mas não são vistos: mendigos, pedintes, órfãos e tantos outros esquecidos.

Jesus, o doce Pastor, acolheu a todos que a sociedade desprezava e lhes concedeu a maior das dádivas celestes: amor. Por meio de tal tesouro, dignificou-os, tornou-os visíveis.

Sigamos o exemplo do Mestre: por meio da caridade, lancemos luz àqueles que vivem à margem.

Tentemos vê-los, acolhê-los em suas fragilidades, sem julgamentos e preconceitos. Quiçá possamos lhes dignificar as vidas, retirando-os das sepulturas sociais nas quais vivem.

A caridade é o sagrado instrumento do amor em ação, que nos faz fielmente seguir os passos de Jesus.

E Jesus, lembremos, é o Caminho da Verdadeira Vida.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Em 2.4.2020.


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