Open Finance emerge como ponto de partida para decisões financeiras mais justas e precisas
Integrar dados de múltiplas fontes e usar inteligência artificial permite avaliar melhor clientes, reduzir riscos e ampliar o acesso a crédito de forma inclusiva
O Open Finance vem ganhando espaço no Brasil como uma ferramenta estratégica capaz de transformar a forma como consumidores e empresas lidam com serviços financeiros. Segundo o Banco Central, o sistema já soma mais de 100 milhões de autorizações de compartilhamento de dados e de pagamentos e conecta 65 milhões de contas, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão por mês em pagamentos no Brasil.
Ao permitir que dados bancários e financeiros sejam compartilhados de forma segura entre instituições, a plataforma abre portas para análises mais completas e personalizadas. No entanto, Lígia Lopes, CEO da Teros, plataforma de automação inteligente que transforma dados em resultados, ressalta que esses dados não contam toda a história do cliente.
“Se a pessoa compartilhou uma conta onde não há movimentação, você pode concluir que ela é uma má pagadora. E, na verdade, não é”, afirma Lopes. Para a executiva, o Open Finance deve ser entendido como ponto de partida, e não de chegada, para decisões financeiras.
Conforme Lígia, ao integrar dados de diferentes fontes, como históricos de crédito, movimentações bancárias e indicadores socioeconômicos, é possível criar modelos mais justos e inclusivos, que reduzam vieses e ampliem o acesso a serviços financeiros. Essa visão integrada permite identificar padrões e sinais que não seriam perceptíveis a partir de um único conjunto de dados.
“A inteligência artificial desempenha papel crucial nesse contexto, ao cruzar informações, detectar inconsistências e gerar insights que ajudam instituições a tomar decisões mais fundamentadas e precisas. Dessa forma, torna-se possível avaliar o perfil financeiro de clientes de maneira mais completa, evitando interpretações simplistas e injustas. O mais difícil não é criar o modelo, é operacionalizar”, complementa a CEO.
A aplicação prática dessa estratégia é ampla, incluindo análise de risco em contratos de aluguel, seguros corporativos e onboarding de pequenas empresas. Muitas vezes, esse perfil de cliente não compartilha todos os dados, exigindo que a análise seja construída a partir de múltiplas fontes confiáveis, reforçando a importância de não depender de um único dado.
Essa adoção de análises integradas com base no Open Finance, inclusive, pode fortalecer a confiança do consumidor no sistema bancário. Ao oferecer uma visão mais completa do perfil de cada cliente, instituições financeiras conseguem propor soluções personalizadas, reduzindo riscos e contribuindo para um mercado mais equilibrado e acessível.
“Quando olhamos para o Open Finance como ponto de partida, conseguimos transformar dados em decisões mais conscientes e justas, que beneficiam tanto o consumidor quanto as instituições. O futuro das finanças depende da capacidade de analisar de forma integrada e estratégica, sem depender de um único dado ou indicador”, finaliza a porta-voz da Teros.
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