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Endividamento consome mais de 70% da renda das famílias; Insegurança alimentar está entre as preocupações

  • Quinta, 21 Agosto 2025 18:17
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  UniCesumar/Vitru
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Com dívidas em alta e inflação dos alimentos persistente, famílias brasileiras veem orçamento encolher e risco de inadimplência crescer

O endividamento das famílias brasileiras atingiu níveis alarmantes e já compromete mais de 70% da renda mensal dos lares, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em julho de 2025, 78,5% das famílias estavam endividadas e quase 39% tinham contas em atraso. Para a professora de Economia da EAD UniCesumar, Lais Requena, esse cenário pressiona diretamente o consumo básico e aumenta a vulnerabilidade financeira. “Ao comprometer mais de 70% do orçamento com dívidas, as famílias ficam expostas a qualquer imprevisto, como uma despesa médica ou até mesmo a alta no preço dos alimentos”, afirma.

Após o pagamento de compromissos financeiros, sobra em média apenas R$ 968 por mês para custear alimentação, transporte, saúde e educação. O valor, considerado insuficiente diante da inflação persistente, tem levado muitos brasileiros a recorrer ao crédito extra, como o uso do cartão ou empréstimos, o que alimenta um ciclo de endividamento. “Só a cesta básica já consome mais de 50% do salário-mínimo. Diante desse aperto, muitas famílias parcelam até compras essenciais, mas isso apenas prolonga o problema”, explica Requena.

A situação é ainda mais grave entre quem recebe até um salário-mínimo. Nesse grupo, 90,1% da renda está comprometida com dívidas, restando quase nada para despesas básicas. “Essa faixa da população é a mais vulnerável. Qualquer aumento de preços desequilibra totalmente o orçamento, levando rapidamente ao atraso no pagamento e à inadimplência”, alerta a economista.

Com a cesta básica acumulando alta de 14,22% em 2024, famílias de baixa renda têm adotado estratégias de sobrevivência, como substituição de alimentos, compras em atacado, maior dependência de feiras populares e programas sociais, além da renegociação de débitos em iniciativas como o Desenrola Brasil. Para Requena, essas soluções são paliativas: “O que vemos é uma troca de qualidade por preço. As famílias abrem mão de uma alimentação mais nutritiva e de condições mínimas de bem-estar”, destaca.

Como a expectativa é que a inflação dos alimentos só recue a partir de 2026, a tendência é de manutenção ou até de crescimento da inadimplência pelos próximos anos. Hoje, 12,7% das famílias afirmam não ter condições de pagar suas dívidas. “No curto prazo, a inadimplência deve continuar elevada. O resultado é mais insegurança alimentar, maior uso de crédito informal e uma dependência crescente das políticas públicas de transferência de renda”, conclui Requena.

Sobre a UniCesumar

Com 35 anos no mercado educacional e desde 2022 como uma das marcas integradas ao grupo Vitru Educação, a UniCesumar conta com uma comunidade de mais de 400 mil alunos. Atualmente, possui uma robusta estrutura de Educação a Distância (EAD), com mais de 1,3 mil polos espalhados por todas as regiões do país, além de três unidades internacionais, localizadas em Dubai (Emirados Árabes), Genebra (Suíça) e Joso (Japão). No ensino presencial, destaca-se o curso de Medicina, oferecido nos campi de Maringá (PR) e Corumbá (MS), juntamente a outros três campi, localizados em Curitiba, Londrina e Ponta Grossa (PR). Como um dos dez maiores grupos educacionais privados do Brasil, a UniCesumar oferece portfólio diversificado, com mais de 350 cursos, abrangendo graduação, pós-graduação, técnicos, profissionalizantes, mestrado e doutorado. Sua missão é promover o acesso à educação de qualidade e contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus alunos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho.


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